segunda-feira, 6 de abril de 2015

Governo apresenta resultados de auditoria feita em Minas Gerais - Segundo Fernando Pimentel (PT), situação do estado é grave. Foram apresentados dados da saúde, educação, finanças e gestão da água.


O Governo de Minas Gerais apresentou nesta segunda-feira (6) os resultados de uma auditoria realizada nos três primeiros meses da gestão Fernando Pimentel (PT). O novo chefe do executivo afirmou que a situação do estado é grave e pediu a compreensão dos mineiros.
“A situação é muito grave, e é decorrente de uma ausência, de uma ausência real e clara de gestão, de gerenciamento. Faltou gestão em minas gerais. Faltou gerenciamento. Isso, os exemplos são abundantes”, afirmou.
Nos últimos 12 anos, o estado foi governado pelo PSDB, dois mandatos de Aécio Neves (PSDB), um de Antônio Anastasia (PSDB), sendo que nos últimos meses assumiu o vice, Alberto Pinto Coelho (PP).
Como exemplo Pimentel citou o gerenciamento de obras e a folha de pagamento dos servidores do estado. Segundo o governador, nos dois casos, o gerenciamento é descentralizado e não existe uma coordenação no estado com os dados.
“Ninguém é capaz de dizer, com um mínimo de previsibilidade, qual é o cálculo da folha para o mês corrente. Porque não existe uma folha. Existem várias folhas. A polícia faz a sua, a educação faz a sua, a saúde faz a sua, e a soma disso aí que dá uma folha no final. Não existe um lugar no estado em que isso seja coordenado, planejado, previsto, de maneira centralizada”, disse.
O exemplo usado para as obras segue a mesma linha da folha de pagamento. “Nós temos quase 5 centenas de obras paralisadas em Minas Gerais. Nós temos 28 órgãos do estado que fazem obras e em nenhum deles, em nenhum lugar do estado existe um núcleo de gerenciamento das obras. Não existe uma coordenação, um gerenciamento, um lugar que possa responder a simples pergunta: quais são, quantas são e em que estados estão as obras do estado”, pontuou o governador.
Pimentel também falou sobre a crise hídrica no estado e criticou a falta de planejamento do governo anterior, com relação à gestão da água. Segundo ele, existem 18 órgãos que cuidam da água no estado e nenhum deles soube dizer qual a capacidade total dos reservatórios em Minas.
Após a introdução, Pimentel deixou a apresentação para participar de um encontro com deputados da base aliada. A reunião seguiu com a presença dos secretários da Fazenda, José Afonso Bicalho; de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães; e de Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares.
Os secretários apresentaram dados relativos à dívida do estado e as finanças, a segurança pública, a saúde, a educação entre outros. Magalhães criticou a construção da Cidade Administrava – sede do governo – e afirmou que o complexo não gerou economia aos cofres do estado. De acordo com Magalhães, a Cidade Administrativa – sede do governo – gera um custo anual de R$ 120 milhões.
Com relação à saúde, Magalhães afirmou que Minas, hoje, tem a terceira pior cobertura do Samu no Brasil. Ele disse que Pimentel deseja que o problema da falta de cobertura seja resolvido em breve.
Os dados da auditoria podem ser acessados em um site de diagnóstico da situação do estado criado pelo governo de Fernando Pimentel. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário