terça-feira, 2 de agosto de 2016

Cinco são indiciados por estupro coletivo de adolescente de 14 anos com problemas mentais


1, Agosto 2016 | Por Redação
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Os quatro adultos presos temporariamente foram apresentados nesta segunda-feira (1º)
Será concluído nesta terça-feira (2) o inquérito que investiga quatro homens e um adolescente de 17 anos pelo estupro coletivo de uma menor de 14 anos, portadora de doenças mentais, na cidade de Formiga, na região Centro-Oeste de Minas. Apesar da jovem afirmar que o sexo foi consensual, ela foi considerada vulnerável, uma vez que uma de suas doenças faz com que ela seja incapaz de discernir entre o certo e errado.
O estupro aconteceu no dia 16 de junho deste ano no bairro Alto da Praia. A adolescente saiu de casa sem dizer para onde iria, sendo que ainda no mesmo dia seus pais fizeram um boletim de ocorrência de desaparecimento. “Ela é portadora de déficit intelectual moderado, que faz com que seja incapaz de discernir entre o certo e o errado, e de um déficit cognitivo com início de quadro psicótico”, explica a delegada Luciana de Silva, da Delegacia de Orientação e Proteção à Família da cidade, que engloba, também, a Delegacia de Amparo à Mulher.
No dia, a menor saiu de casa e foi para uma quadra de esportes de uma escola municipal. Chegando lá, o grupo de quatro homens, sendo dois de 18 anos, um de 19 e outro de 23, e o adolescente, ouviu a garota dizendo que podia “vir o bonde inteiro” e a levaram para o alto de um morro. “Lá eles mantiveram relação sexual, vaginal, oral e anal. O sexo foi cronometrado, com cerca de 10 minutos para cada um dos envolvidos. Após terminarem, ela foi para uma casa com dois dos detidos, onde tiveram novas relações sexuais e usaram drogas”, detalha a policial.
A menor só foi encontrada no dia seguinte ao estupro pela Polícia Militar, entretanto, os dois suspeitos que a levaram para casa já haviam fugido. A partir daí teve início a investigação, que visava identificar, qualificar e prender os autores do abuso. No dia 21 de julho foi deflagrada uma operação com base nos mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça, quando foram presos os quatro adultos. Apesar disso, o menor foi ouvido e liberado, já que a sua apreensão não foi ordenada pelo juiz.
“Concluo o inquérito amanhã (terça) e vou representar novamente pela internação deste menor e para a conversão da prisão temporária dos demais em preventiva. Faço isso com a certeza de que eles cometeram um estupro de vulnerável, já que fiz questão de perguntá-los o que achavam da vítima, e os cinco responderam que ela seria ‘doidinha’, tinha ‘tique nervoso’, entre outras coisas. Eles tinham ciência da condição dela e fizeram tudo isso”, conclui.
Garota disse que fez tudo por “prazer”
Perguntada sobre o que a motivou a querer fazer os atos sexuais, a adolescente teria respondido que seria apenas o “prazer”. “Mas ela não sabe o que é prazer. Ainda que manifestasse desejo, não tinha condição de determinar se deveria fazer ou não, até mesmo porque a menor era virgem. Por isso eles responderão por estupro de vulnerável, que tem pena de até 15 anos de reclusão”, conclui a delegada.
O exame de corpo delito indicou a ruptura do hímen e conjunção carnal e anal. Dois dos adultos detidos já tinham passagem pela polícia por roubo, furto e tráfico de drogas. Os quatro maiores estão detidos na Penitenciária de Formiga. Devido à exposição do crime, a família da menor optou por mudar de bairro, já que eram conhecidos dos parentes dos suspeitos detidos.

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