quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

CABRAL ERA CABEÇA DE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO COM EMPREITEIRAS NO RIO DE JANEIRO


Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) detalharam nesta quarta-feira (7) sobre a denúncia contra o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e outras 12 pessoas no âmbito da operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato. De acordo com as investigações, Cabral era o cabeça do esquema de corrupção e pagamento de propina, que envolvia obras da Andrade Gutierrez.
A denúncia do MPF destaca que os 13 denunciados promoveram, constituíram, financiaram e integraram uma organização voltada à pratica de crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e cartel, em detrimento do estado do Rio de Janeiro, bem como a lavagem de recursos financeiros obtidos com esses crimes.
Os procuradores afirmam que o esquema de corrupção comandado por Sérgio Cabral era complexo na hora de ocultar a lavagem de dinheiro, com a mistura de ativos lícitos e ilícitos para dificultar a identificação do crime. "A organização criminosa trabalhava com dinheiro em espécie para evitar qualquer forma de rastreamento", contou o procurador Eduardo Ribeiro Gomes El Hage.
Entre os bens comprados para ocultar o dinheiro de propina estão diversas joias e também a lancha Manhattan, avaliada em R$ 5,3 milhões. Contratos de aluguel, pagamentos de serviços de consultorias e até contratos com o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo também teriam sido usados para lavar o dinheiro.
"Em relação às joias, conseguimos levantar que, em 80 a 90% das vezes, foram adquiridas durante o governo Cabral, por ele, Adriana Ancelmo e Carlos Miranda. Parte das peças ainda não foi encontrada. Escutas telefônicas mostravam que pessoas próximas aos alvos tinham algumas informações. Essa infiltração no aparelho do estado poderia atrapalhar as investigações", destacou o procurador José Augusto Vagos.


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/procuradores-da-lava-jato-detalham-prisao-de-adriana-ancelmo-no-rj.ghtml

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