segunda-feira, 22 de maio de 2017

Traficantes apavoram uma adolescente porque ela é de facção rival Jovem é filmada sendo torturada por criminosos que atuam em Fortaleza, Ceará



É sempre assim. No intuito de espalhar o terror e intimidar quem não ande de acordo com suas regras, traficantes armados torturam e humilham homens e mulheres, maiores ou menores de idade. E filmam todas as cenas para depois publicá-las nas redes sociais como um recado ameaçador a quem mais ousar desafiar seus limites.
E os internautas caem no jogo dos bandidos e lançam uma série de ofensas e desaforos verbais às vítimas, culpando-as em primeiro lugar pelo absurdo a que são submetidas.
Com exatamente este teor mais um vídeo lamentável foi produzido e postado no Facebook. O intuito deu certo. Criminosos conseguiram plateia para espalhar medo. Haters conseguiram espaço para apontar seus dedos e julgar como se fossem detentores de toda a ética e moral.
No caso em questão, uma menina de cerca de 14 ou 15 anos de idade chora copiosamente. O material dá a entender que os bandidos pertencem a uma facção criminosa que não permite espaço da facção rival. A menina torturada e humilhada pertenceria ao grupo inimigo. E assim, fazendo-lhe um cerco, eles a intimidam. Acuada, com a boca sangrando, ela se arrasta no chão com roupas de banho. Segura uma espécie toco de madeira e repete tudo o que os covardes a ordenam.
“Aqui é tudo dois”, repete ela., em referência a uma gíria usada pelas áreas dominadas pela facção Comando Vermelho.
Eles a batem várias vezes e ela grita de dor. E o criminoso manda ela dizer que pede desculpas aos Irmãos da Praia de Iracema. “Tudo três nós faz o que? (sic)”, pergunta ele.

Ela responde: “Tudo três nós faz é matar os pirangueiro (sic)”.
“E eu tô te mantando? Não porque tu é mulher. Se não ia ver só”, diz o homem que filma. Na sequência outro chega para cortar os cabelos da garota, que chora ainda mais e pede para não continuarem. “Raspa tudo, raspa tudo”, diz um criminoso.
“Traz uma faca”, manda outro meliante, para desespero da menor.
A naturalidade e a forma vil com que a maior parte dos internautas reage ao vídeo de cinquenta segundos de duração é de assustar. “Não tenho dó, mais do que merecido”, escreve um usuário.
“Marmitas de bandido, isso que dá se misturar com bandido”, escreveu outro. Há quem as chame de palavras fortíssimas e diga que ela tem mais é que apanhar mesmo.
“Queria vida loka, toma aí (sic)”, escreveu uma mulher. Outros homens e mulheres simplesmente repetem a letra “k” como sinal de gargalhada pelas imagens de tortura de vários rapazes contra uma menina.
PARA ASSISTIR O VÍDEO CLIQUE AQUI

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