terça-feira, 13 de junho de 2017

PF faz buscas na Bahia e mais 3 estados contra desvio de verbas do programa de glaucoma

PF faz buscas na Bahia e mais 3 estados contra desvio de verbas do programa de glaucoma
A Polícia Federal em Alagoas realiza buscas na manhã desta terça-feira (13), no prédio do Instituto Oftalmológico de Alagoas (Iofal), no Benedito Bentes, em Maceió. A operação chamada de “Hoder”, cumpre quatro mandados de prisão temporária, um de condução coercitiva e oito de busca e apreensão, todos expedidos pela justiça federal de Maceió, Marechal Deodoro, Itabaiana, Sergipe, Brumado, Bahia e Goiânia, Goiás.  O nome dado à operação é de um personagem da mitologia nórdica, um deus cego, referência à natureza dos ilícitos investigados, uma vez que os recursos desviados destinar-se-iam ao tratamento de doença que pode levar à cegueira.  A reportagem do G1 tentou falar com representantes do Iofal, mas não conseguiu.  Em outubro de 2016, a Polícia Federal instaurou inquérito policial para investigar desvio de verbas do Programa Nacional de Combate ao Glaucoma e da Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Médica Complexidade, ocorridos em Alagoas, Sergipe, Bahia e Goiás. Segundo as investigações, foi constatada a existência de uma organização criminosa responsável por lesar a União, através do SUS, prestando informações incongruentes sobre atendimentos médicos e fornecimento de medicamentos para tratamento de glaucoma, resultando no recebimento, por empresas ligadas aos investigados, de recursos financeiros em montante significativamente superior ao que deveria ter sido repassado às mesmas.  Durante as investigações, foi constatado que as irregularidades ocorreram entre os anos de 2014 e 2016, entretanto, algumas práticas criminosas ocorriam até hoje. Uma empresa investigada em Maceió recebeu cerca de R$ 16 milhões do SUS para custear consultas e fornecimento de colírios.  Em auditorias passadas feitas pelo Departamento de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), foi constatada irregularidades e foi determinado que houvesse o ressarcimento de mais de R$ 9 milhões.  Todo o material arrecadado, além dos presos e conduzido, serão levados à Superintendência Regional de Polícia Federal em Alagoas, no bairro de Jaraguá, em Maceió.

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