domingo, 18 de junho de 2017

Quem vai viajar no São João precisa deixar a casa protegida


17/06/2017 23:49 
Quem vai viajar no São João precisa deixar a casa protegida
É época de São João e o cenário já é conhecido: muitos saem da capital baiana para aproveitar os festejos no interior. Além das preocupações com o que levar na mala, é importante também lembrar do que fica: a casa. Por isso, nunca é demais redobrar os cuidados com a residência ao deixar a cidade. Élvio Brandão, diretor do Departamento de Crimes contra o Patrimônio na Polícia Civil da Bahia, recomenda que se deixe a casa iluminada, caso a pessoa more em via pública (fora de condomínios privados). “É interessante também iluminar a área externa, para inibir a ação dos ladrões”, completa. Ele frisa a importância de colocar obstáculos para as ações criminosas, seja com um cão de guarda ou a instalação de alarmes, pois “os criminosos tendem a escolher uma presa fácil”. Ariane Neves, supervisora operacional na Guardsecure Segurança Empresarial, em Lauro de Freitas, há oito anos, concorda com as precauções  extras. Ela recomenda, ainda, que os sistemas de segurança – como alarmes, sensores, câmeras e cercas elétricas – sejam instalados por uma empresa de segurança qualificada. Ariane ressalva, no entanto, que somente o uso de câmeras não é suficiente para inibir a ação dos ladrões. “A câmera não irá impedir o criminoso. Depois do roubo, mesmo que o morador tenha a filmagem, muitas vezes a investigação não anda, porque ninguém consegue encontrar quem invadiu a casa”, explica ela.  Ela pontua que também podem ser contratados serviços de vigilância para o local.
Pessoas de confiança: Ariane acrescenta que não acha necessário deixar a chave com porteiros ou vizinhos. “O mais recomendável é autorizar outra pessoa, de confiança, a visitar o imóvel”, alerta. André de Assis Santana, coordenador operacional desde 2010 na GP Guarda Patrimonial, também em Lauro de Freitas, recomenda deixar um número para contato com a portaria ou o síndico do prédio durante os dias da viagem, para o caso de emergências, como incêndios. Brandão acrescenta que é recomendável fazer um alerta aos vizinhos sobre a viagem, “até para que possam ficar de olho em movimentações estranhas”, lembra ele, mas que “o aviso deve ficar limitado a pessoas de confiança”. Thaís Serravalle, 32, enfermeira moradora do bairro de Plataforma, irá viajar no São João e já tomou medidas para garantir a segurança da casa durante o período. “Deixo as chaves com meus pais, que moram perto, e eles vêm todos os dias verificar a situação”. Ela deixa tudo fechado e não avisa aos vizinhos que vai viajar, “até para não chamar muita atenção”, explica. Thaís considera o bairro seguro: “Nunca aconteceu nada de roubo ou assalto”, diz. O que a preocupa mesmo é a perspectiva de viajar e não poder levar a casa junto: “Se eu pudesse, carregaria na mala”, ri.
*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló

Nenhum comentário:

Postar um comentário