terça-feira, 12 de junho de 2018

Achei que ia ficar com fome”, diz menino que quase foi impedido de comer em shopping em Salvador


12/06/2018 18:27 
“Achei que ia ficar com fome”, diz menino que quase foi impedido de comer em shopping em Salvador
Foto: Reprodução/vídeo do leitor
Com apenas 12 anos, Matheus Silva ficou “famoso” nesta segunda-feira (11/6). O motivo, contudo, não foi legal. Seguranças de um shopping de Salvador tentaram impedir que um dos clientes te desse um prato de comida. “Fiquei triste. Achei que ia ficar com fome”, conta o menino, estudante do 4º ano do ensino fundamental, ao Aratu Online. Morador do bairro de Pernambués, ele explica que, junto com sua irmã, Amanda, de 14 anos, e o namorado dela,  Junior, vendem “de tudo” na praça do estabelecimento, e que costuma pedir comida a quem frequenta o local. “Já tentaram impedir outras vezes”, diz Amanda. Nesta terça-feira (12/6), os três vieram à sede da TV Aratu, em Salvador, conhecer os bastidores da emissora. Matheus, inclusive, que sonha ser jogador de futebol, participa da edição deste dia do Aratu Notícias, apresentado por Lise Oliveira. Veja vídeo:
RESPOSTA:
Em nota, o estabelecimento condenou a postura dos funcionários da segurança e pediu desculpas pelo acontecimento. Confira na íntegra: “O Shopping da Bahia vem a público pedir desculpas pelo ocorrido. A postura adotada não condiz com o treinamento recebido pelos funcionários, tanto que a atitude tomada pelo supervisor de segurança reforça o direito do cliente e o acolhimento com a criança. Reforçamos que nossa operação atua em alinhamento com órgãos de defesa dos direitos humanos, como o Conselho Tutelar e o Juizado de Menores. O empreendimento reforça ainda que, em seus 42 anos de história, sempre teve orgulho de manter uma relação de proximidade e respeito com seus clientes, valorizando a cultura e o povo da Bahia”. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) instaurou inquérito para apurar a atitude do segurança. Com base nas imagens captadas por um vídeo gravado por outra cliente que estava no local, o MPE divulgou que irá apurar possível prática de racismo institucional. O acontecimento também será apurado pelo órgão na área de proteção da criança e do adolescente, que já recebeu representações enviadas ao órgão pelo Juizado de Menores e por estudantes de Direito. (Aratu Online)

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