terça-feira, 10 de julho de 2018

Justiça da Bahia determina prisão de sócios de pirâmide financeira; lucro pode ter chegado a R$ 200 milhões


10/07/2018 10:20 
Justiça da Bahia determina prisão de sócios de pirâmide financeira; lucro pode ter chegado a R$ 200 milhões
A Justiça da Bahia determinou, neste mês de julho, a prisão preventiva de Danilo Santana, fundador da D9 Empreendimentos e um dos empresários investigados por criar, na cidade de Itabuna, no sul da Bahia, um esquema de pirâmide financeira. O esquema, que funcionava por meio da internet e tinha como foco apostas em jogos de futebol, também funcionava no Rio Grande do Sul e em vários estados do país. Segundo a Polícia Civil na Bahia, responsável pelo caso, a pirâmide pode ter dado um lucro de cerca de R$ 200 milhões aos empresários envolvidos. Além de Danilo, a esposa dele, Kelliane Alves Gouveia Santana, também sócia da empresa, teve prisão preventiva decretada. Diante da possível prática de crimes de competência federal, ainda foi determinado que cópia dos autos do processo fossem enviados à Polícia e à Receita Federal.O pedido de um promotor de Justiça do Ministério Público da Bahia ocorreu como recurso, após o juízo de primeiro grau indeferir o requerimento de prisão já expedido pela Justiça. O acórdão da 1ª Turma da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aponta que os acusados incentivavam as vítimas a se associarem a um clube de investidores que renderia lucros de 33% ao mês. Em seguida, algumas pessoas chegaram a vender bens pessoais como carros e propriedades, transferindo as economias à empresa, sem obter retorno ou resgatar o que investiram. No requerimento, a promotoria ressaltou que o líder da empresa D9 havia "zerado as contas e deixado o país". A decisão salienta, como determinantes da decretação da prisão preventiva, o paradeiro desconhecido dos acusados, a não colaboração deles com a investigação, a ocultação e dissimulação do patrimônio "auferido ilicitamente", bem como a possibilidade de continuidade da atuação da empresa, que "poderia infligir mais danos à sociedade como um todo". (G1/Bahia)

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