quarta-feira, 26 de julho de 2017

Pais, professores e médicos são principais alvos de ação da PF contra pedofilia


Pais, professores e médicos são principais alvos de ação da PF contra pedofilia
A Polícia Federal prendeu 27 pessoas em flagrante e três preventivamente até às 10h20 desta terça-feira (25), no âmbito da Operação Glasnost, que combate a exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet.  A operação é realizada a partir do Paraná e abrange mais 13 estados, dentre os quais a Bahia. Segundo o delegado Flávio Augusto Palma, entre os detidos estão pais que abusavam das próprias filhas, professores, médicos, um homem de 80 anos e funcionários de altos cargos em órgãos públicos, entre outros.  “Não existe perfil [de abusador] e ocorreu uma situação inusitada. Uma mulher foi presa por abuso sexual de crianças: toda a família praticava atos sexuais entre todos. Os familiares e conhecidos foram presos em desdobramentos da operação”, afirmou.  Foram emitidos 71 mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e dois de condução coercitiva. Participam da operação 350 policiais de 30 unidades da PRF em 14 estados. Além de brasileiros, foram identificados abusadores americanos, franceses e russos; as informações foram encaminhadas para as autoridades locais.  Durante o monitoramento nas investigações, os policiais descobriram casos de abuso em tempo real. A informação foi repassada aos responsáveis e nove dos abusadores foram presos, no final de 2014.  “Praticamente todos os envolvidos praticaram crime de compartilhamento de pornografia infantil. O fato de armazenar imagens já configura crime. Também tem abuso de vulnerável, produção de pornografia, todos esses crimes aparecem”, explicou o delegado.  O crime com pena mais branda é a posse de pornografia, com pena de 4 anos e cabe fiança. Abuso é crime hediondo e não costuma ser afiançável, segundo a PF. A investigação é concentrada em Curitiba, mas os mandados de prisão foram autorizados pelos juízos de cada região. Um estudante de medicina, preso na capital em 2010, mencionou a existência do site russo de compartilhamento de pornografia.

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