quinta-feira, 17 de maio de 2018

Gari de 37 anos dá à luz uma menina com mais de seis quilos em Porteirinha; bebê e mãe passam bem


Luzia e Eloá passam bem


(G1) Uma bebê nasceu pesando seis quilos e 58 centímetros em um hospital de Porteirinha, no Norte de Minas. Por telefone, nesta quarta-feira (16), a mãe contou ao G1 que a filha passa bem e que ainda não voltou ao pediatra para nova pesagem. Além de Jenifer Eloá, a mulher tem outras quatro meninas, entre 3 e 15 anos, e dois filhos, de 16 e 19. Depois de cinco dias de nascimento, a criança se alimenta apenas com o leite materno.

“Até agora, eu tô conseguindo dar o leite no peito, mas pode ser que eu precise entrar com algum suplemento, como leite em pó. Ela continua muito saudável e está vestindo as roupinhas que separei para ela usar quando tivesse com seis meses (risos). Hoje, a agente de saúde fez o encaminhamento para ela começar o acompanhamento regular com o pediatra. Eu acho que daqui uns 10 dias ela já vai fazer nova consulta e eu vou saber da evolução do peso e tamanho”, contou a mãe Luzia Ferreira de Oliveira, de 37 anos.

A família mora na Comunidade Paciência, a 20 quilômetros de Porteirinha, e vive com o salário da licença médica. O pai está desempregado e a mãe é gari há 5 anos. Uma das irmãs tem ajudado no cuidado da recém-nascida enquanto a mãe se recupera do parto cesariana. “Eu ajudo a trocar a fraldinha, a dar banho e também de noite quando ela chora”, disse Isabela Ferreira Rocha, de 13. Os demais filhos da gari nasceram de parto normal e com peso dentro da média brasileira.

O ginecologista obstetra Antônio Carlos Mendes Silva foi quem fez o parto na sexta (11). Ele informou que o peso médio esperado para recém-nascido é entre 2,5 a 3,5 kg, com 46 a 50 centímetros. No dia, ele foi chamado pelo hospital para acompanhar a gestante. Ele é médico há 28 anos e foi a primeira vez que viu o nascimento de uma criança com 6,120 kg.

“O parto estava evoluindo para ser um parto normal – inclusive por conta do histórico de nascimento dos demais filhos dela –, mas depois de avaliada, a equipe percebeu que a cirurgia seria mais indicada e por isso eu fui chamado em casa e fui ‘na hora’. Eu só tinha visto crianças com cinco quilos, até então, e parte de ter dado tudo certo foi porque a equipe médica soube fazer uma avaliação proativa e precisa”, explicou ao G1.

Mãe e filha ficaram internadas por três dias e passaram bem após a cesariana. De acordo com o médico, o resultado dos exames antes da alta, na segunda (14), foram todos normais.

“Ela fez o pré-natal na comunidade e a gestação foi tranquila, pelo relato dela. Após o nascimento, foram feitos todos os exames pelo serviço de pediatria; mãe e a criança são saudáveis. Não encontramos nenhuma patologia nem causa específica para este peso e tamanho. Então, entendemos que é um feto constitucionalmente grande e isto nos deixa muito feliz, porque a maioria dos casos que fogem da normalidade apresentam alguma doença”, completou o médico.

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