Foto: Voz da Bahia
O proprietário do Posto 101, Edvaldo Souza, se juntou a caminhoneiros que protestaram na manhã desta quarta-feira (22) fechando a BR-101 no trecho da cidade de Santo Antônio de Jesus. Os protestos que se iniciaram na última segunda-feira (21), são contra o aumento do preço do combustível no país que já beira os R$ 5,00 em algumas cidades. Mesmo sendo empresário, Edvaldo teve uma postura de apoio à classe e falou a reportagem do Voz da Bahia sobre sua tomada de apoiar a decisão dos caminhoneiros, “na verdade, nós somos empresários, eu sou proprietário do Posto 101, mas resumindo a questão, hoje nem eu que sou proprietário de Posto sei quanto custa o combustível, porque acontece de sofrer ajustes duas vezes no mesmo dia, então chegou a um ponto intolerável”, contou o empresário. Edvaldo ainda afirmou que a categoria dos caminhoneiros é muito fragilizada no aspecto de organização e apoio político, e que o setor já sofre há muito tempo, demonstrando empatia com o grupo, "eles vêm se submetendo a preços cada vez menores de frete e cada vez maiores de combustível, essa paralisação é uma questão de desespero que bateu nesta categoria e vim aqui dá minha solidariedade, dizer a eles que precisa saber qual é o foco, que é impedir o transporte rodoviário de cargas, quem tiver de carga com jumento que siga, se for carro pequeno também, mas quem tiver com transporte de carga é um momento único. Quando uma categoria não tem quem zele por eles fica muito difícil, eles estão unidos pelo sofrimento dessas estradas do Brasil, o Estado não tem consciência do poder do caminhoneiro, essa categoria está disposta a resistir sobre o preço absurdo dos combustíveis”, expôs ilustrando a dependência em que vive atualmente essa categoria que move o país, que leva comida à mesa de tantos brasileiros. “Eu estou aqui dando apoio moral a eles, é o que eu posso fazer”, finalizou sua parte, sendo aclamado pelos caminhoneiros presentes.
Assista a entrevista completa abaixo:
Caminhoneiro: Um dos caminhoneiros, Marcos Mitson, também falou ao Voz da Bahia que eles são apenas trabalhadores tentando exercer sua profissão da melhor forma possível, que são pais de família que precisam honrar com suas contas, “nós somos caminhoneiros, estamos aqui sem fazer baderna, não somos vagabundos, somos pais de família, dependemos do caminhão para trabalhar, ganhar nosso sustento”, desabafou. Ele seguiu pedindo ajudar para que possam se manter nos protestos, “pedimos a população de Santo Antônio e da região, que estiver aí nos assistindo que possa nos ajudar com alimentos. Tem muitos motoristas que estão parados que não tem alimentos, nem água. Eu queria fazer um apelo quem passar com seus carros por aqui que tragam alimentos, traga água”, pediu. Segundo ele, cerca de 800 homens estariam reunidos hoje naquele trecho da BR-101. "Está complicado para gente, está complicado, tem que parar porque desse jeito ninguém aguenta não esse preço do diesel que está sendo cobrado”, concluiu.
Reportagem e Foto: Voz da Bahia
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