segunda-feira, 9 de julho de 2018

Tempo seco aumenta o risco de doenças cardíacas


09/07/2018 19:47 
Tempo seco aumenta o risco de doenças cardíacas
Foto: DR
O ar seco que atinge São Paulo e outras regiões do país merece atenção, afinal, essa condição eleva a concentração de poluentes, e pode aumentar em 50% o risco cardíaco de pessoas com alguma vulnerabilidade, como comprometimento coronário. O risco aumenta porque para manter a pressão arterial com esses vasos dilatados, o coração precisa trabalhar e bater mais forte. Além do coração fazer mais esforço, os poluentes do ar promovem uma irritação no pulmão. Para o cardiologista e clínico geral do HCor (Hospital do Coração), Dr. Abrão Cury, essa irritação é ruim, pois os brônquios ficam mais fechados. Quando isso acontece, os vasos também se fecham mais e o coração vai bombear contra um pulmão mais fechado, além de aumentar a resistência dos vasos. “A desidratação pelo ar seco também preocupa, pois quando a umidade do ar está baixa, o pulmão continua necessitando de um ar com 100% de saturação. É importante saber que a desidratação traz, também, outras consequências graves, como maior risco de trombose e sobrecarga ao coração. Com isso, o coração se vê obrigado a trabalhar mais depressa”, diz Dr. Abrão Cury. 
Tempo seco e atividade física! Cuidado redobrado! 
Dr. Abrão Cury, do HCor, recomenda cautela ao praticar atividade física ao ar livre durante os dias com ar seco e grande concentração de poluição. “É preciso se hidratar mais do que o normal. O ideal é só praticar atividade ao ar livre antes das 8h e depois das 19h. Sem vento e chuva, as partículas de poluentes ficam de dois a cinco dias voando sem se depositar, e vão sendo transformadas pela radiação solar, gerando radicais livres. Outra dica é não correr e se exercitar próximo aos carros, pois os níveis de poluentes são muito mais altos nos corredores de tráfego, do que no meio das árvores de um parque”, esclarece. Baixa umidade relativa do ar e o aumento da incidências de doenças respiratóriasDe acordo com a Organização Mundial de Saúde, a umidade do ar ideal compreende a faixa entre 50 e 80%. Entretanto, em algumas épocas do ano, como no inverno, ela tende a cair, inclusive, abaixo de 30%. As regiões Centro-Oeste e Sudeste são, geralmente, as mais prejudicadas. Nestes estados, há um significativo aumento de buscas por atendimento médico, principalmente por pessoas alérgicas. Isso acontece porque as mucosas costumam ressecar e inflamar nestes períodos. Em outras regiões, a baixa umidade também causa desconforto, mas algumas atitudes podem ajudar a diminuir os problemas causados pela falta de chuva. Segundo o Ministério da Saúde, a baixa umidade requer cuidados, principalmente com as pessoas que já têm ou tiveram sintomas de doenças do aparelho respiratório.De acordo com o pneumologista do HCor (Hospital do Coração), Dr. João Marcos Salge, os cuidados com a saúde começam sempre com uma boa hidratação e alimentação saudável. "Neste período é sempre importante a pessoa assumir uma alimentação saudável e se hidratar bastante. Outra dica é quando estiver em casa deixar o ambiente livre para a circulação de ar, bem limpo e sem a presença de objetos que acumulem poeira como cortinas, carpetes e bichos de pelúcia”, orienta Dr. Salge.Com a queda da umidade, além do ar poluído, as vias aéreas ficam mais ressecadas, o que favorece a intensificação de problemas respiratórios. (Noticias ao Minuto)
“Tanto ressecamento pode causar até sangramentos no nariz, mas uma boa dica para quem tem problemas respiratórios como rinite e sinusite é a utilização de soro fisiológico para hidratar as narinas. Além disso, algumas atitudes em casa ajudam a diminuir os transtornos como o uso de cortinas leves e que possam ser lavadas mais facilmente, a utilização de panos úmidos para a limpeza, evitando as vassouras, e a colocação de bacias com água em ambientes da casa”, explica o pneumologista do HCor.

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