domingo, 9 de fevereiro de 2014

PM é executado com 14 tiros no Jardim Shangai - Um dos assassinos foi morto no meio do mato em tiroteio com a polícia; outro foi detido

Um dos dois assassinos morreu durante tiroteio com a polícia; ele havia fugido para o mato

O policial militar da 1ª Companhia do 8º Batalhão de Campinas, Daniel Pinto de Souza, de 45 anos, foi morto neste sábado (8) quando saía de casa para comprar água, no Jardim Shangai, na região do Ouro Verde, em Campinas. Souza estava sem farda e foi surpreendido por dois bandidos que dispararam 14 tiros contra ele. O PM foi socorrido e levado ao hospital Ouro Verde, mas não resistiu aos ferimentos.

Os vizinhos chamaram a polícia, que horas depois do crime se depararam com os assassinos. Uma perseguição teve início - os bandidos abandonaram o veículo usado no crime e tentaram despistar os policiais usando um Fusca. Os suspeitos fugiram para um matagal atrás das obras do Aeroporto Internacional de Viracopos, onde houve troca de tiros e um deles morreu. O outro se rendeu e foi preso.

O assassinato do PM aconteceu perto de um dos locais onde foram registradas as 13 mortes da chacina - a maior já registrada em Campinas - no dia 12 de janeiro, e que tem policiais militares como suspeitos do crime (cinco deles já foram presos). 

A possibilidade de Souza ter sido morto por vingança será investigada pelo setor de Homicídios da Polícia Civil. 

Souza trabalhava há 18 anos na corporação. Ele é o quarto policial morto na cidade desde novembro do ano passado.

Segundo informações de policiais militares que estiveram na perseguição aos bandidos, Souza saía de casa por volta das 11h30 para comprar água em um comércio próximo a sua casa. 

Neste momento, dois homens saíram de um automóvel modelo Meriva, preto, roubado em Hortolândia, dispararam 14 tiros contra o policial e fugiram. 

 O crime foi cometido na frente dos vizinhos (foto), que chamaram a polícia. Na perseguição, a dupla chegou a trocar a Meriva por um Fusca, mas os policiais conseguiram chegar até eles na região do bairro Vida Nova. Houve troca de tiros. Um deles morreu, e o outro, até o fechamento desta edição, era interrogado por policiais. Eles estavam com três pistolas 380 e portavam documentos falsos.

"Nós vimos a Meriva parada lá na esquina, mas nunca íamos imaginar que estavam de tocaia esperando o Daniel. Ele era do bem" , lamentou um dos vizinhos. "Eu estava no fundo de casa quando ouvi um monte de tiro. Levei um susto. Nunca pensei que fosse acontecer isso com ele" , acrescentou uma moradora.

A presidente da Associação dos Familiares Amigos dos Policiais de São Paulo, Adriana Borgo, disse que acredita na relação da morte do policial com a chacina e que espera que a "Promotoria tenha o mesmo empenho em descobrir os autores do crime" .

Familiares de Souza estiveram no Hospital Ouro Verde, para onde o corpo foi levado. Em estado de choque, a viúva precisou ser medicada. O caso será investigado por policiais do 1º Distrito Policial. 
 

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