segunda-feira, 7 de julho de 2014

Maurílio Arruda é transferido para a Penitenciária Nelson Hungria - Ex-prefeito de Januária foi preso no dia 30 de junho em operação. Ele é suspeito de desvio de verbas e fraude em licitação.


Maurílio Arruda chegou algemado na delegacia
da PF (Foto: Reprodução / Inter TV)


A Secretaria de Estado de Defesa Social confirmou nesta segunda-feira (7) que o ex-prefeito de Januária, Maurílio Arruda, foi transferido para o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, onde o ex-prefeito de Pirapora, Warmillon Braga, também cumpre pena desde julho de 2013.

O ex-gestor deveria ficar em preso em Januária, já que a ordem de prisão foi expedida pelo juiz da comarca do município, mas ele foi transferido para Contagem, por ter direito a uma cela especial, já que é advogado.

Maurílio Arruda foi preso na operação Exterminadores do Futuro, deflagrada pela Polícia Federal no dia 30 de junho. A prisão temporária, de cinco dias, venceu na sexta-feira (4) e foi prorrogada pelo mesmo prazo. Ele já esteve preso em outra ocasião, por conta da operação Esopo. 

O ex-prefeito é investigado por fraudes em licitação e desvio de verbas públicas na construção e reformas de 16 escolas. "Esta operação visou coibir o desvio de recursos públicos ocorrido em Januária. Sete processos licitatórios foram direcionados para uma empresa, já conhecida do MP e da PF por desviar verbas, e causaram um prejuízo de R$ 579 mil, constatado por meio de laudos”, afirma o delegado Eduardo Maurício.

Na mesma operação foram presos o ex-secretário de Educação, Alexandre de Sá Rêgo; Fabiano Durães, empresário, dono de uma construtora; e o engenheiro que prestava serviços para a Prefeitura, Pedro Alcântara. Ao todo 23 mandados foram cumpridos.


O promotor Franklin Reginato esclarece que, após o direcionamento das licitações, “a empresa garantia a execução das obras de construção e reformas de escolas, com títulos da dívida pública, sem qualquer valor jurídico.”

Posteriormente, de acordo com o promotor, um engenheiro da empresa atestava a execução das obras por meio de falsas medições, garantindo o repasse de 100% do recurso.

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