sábado, 24 de janeiro de 2015

Chefão do tráfico preso em Vila Velha era comparsa de soldado do Exército


23/01/2015 - 09h33 - Atualizado em 23/01/2015 - 09h35
Autor: Mayra Bandeira | bandeirampbandeira@redegazeta.com.br


Acusado de ordenar assassinatos, Neco foi preso na noite de quarta-feira


Considerado um dos bandidos mais perigosos pela polícia capixaba, foragido da Justiça e acusado de tráfico de drogas e homicídio, Marco Antônio Rodrigues Galdino, o Neco, 22 anos, foi preso na noite de quarta-feira, em Morada da Barra, Vila Velha. Ele integra a lista dos 10 mais procurados do município.

Outras três pessoas foram presas junto com Neco, durante a operação comandada pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc). Drogas, munição, três armas e R$ 860 em dinheiro também foram apreendidos na ação.
 
Foto: Mayra Bandeira
Neco foi preso por policiais do Nuroc, após denúncias anônimas feitas à Polícia Civil


A polícia chegou no local onde os suspeitos estavam, após denúncias anônimas de que criminosos estavam utilizando a casa para esconder armas e drogas. Por um buraco no muro da residência, os agentes da Nuroc avistaram munições em cima de um freezer.

O ajudante de pedreiro Thiago dos Santos Almiro, 22, foi detido junto com Neco, enquanto a dupla tentava fugir, pulando o muro da casa e invadindo uma residência vizinha. Um terceiro suspeito, o ajudante de pintor Fernando de Oliveira Batista, 23, estava escondido dentro de um buraco, localizado nos fundos da residência e também foi preso.

Foto: Mayra Bandeira
Polícia apreendeu armas, drogas e munições
Eles foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana e vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação criminosa, posse de arma de uso restrito e permitido, além invasão de domicílio.

O quarto homem preso é o soldado do exército Wesley Rodrigues Monteiro, 20, que provocou um acidente com uma das viaturas do Nuroc, na tentativa de libertar os suspeitos.

“Aqui na sede do Nuroc, o Wesley nos informou que a determinação de acompanhar as viaturas partiu de um traficante do bairro”, informou o delegado Alexandre Falcão.

Ainda de acordo com o delegado, Wesley exerce função no 38º Batalhão da Infantaria de Vila Velha, para onde foi encaminhado após a prisão.
 
Soldado recebeu ordens de traficantes
 
Foto: Reprodução/Facebook
Wesley Rodrigues Monteiro
Enquanto o comboio da polícia fazia o transporte dos presos, uma das viaturas foi atingida na traseira por um motociclista. Os veículos estavam presos em um engarrafamento na Terceira Ponte. Para surpresa da polícia, a batida fazia parte de um esquema para libertar os detidos.

A motocicleta, que era pilotada pelo soldado do Exército Wesley Rodrigues Monteiro, atingiu exatamente a viatura em que os presos eram transportados. Ao fazer a abordagem ao motociclista, a polícia descobriu que ele estava sem a carteira de habilitação.

Wesley confessou que foi enviado por um traficante amigo de Neco, para provocar o acidente e assim conseguir libertar os presos.
 
Liderança de pai para filho
 
Um negócio de pai para filho. Assim a polícia definiu a trajetória de Neco no mundo do crime. O pai dele, Ademilson Alves Galdino, conhecido como Misso, também já foi preso acusado de chefiar o tráfico de drogas na região da Grande Terra Vermelha.
 
“O pai dele era traficante, foi preso e o Neco assumiu o negócio. Ele é um bandido muito perigoso e altamente envolvido no tráfico de drogas na região”, afirmou o delegado Alexandre Falcão, do Núcleo de Repressão as Organizações Criminosas e a Corrupção (Nuroc).
 
Entrevista
 
Alegando ser inocente, Marco Antônio Rodrigues Galdino, o Neco, afirma que é perseguido por conta dos crimes que o pai cometeu. 

Você comanda o tráfico na região de Terra Vermelha?
Não. Sou inocente de todas essas acusações. Tenho a consciência tranquila. O problema é que minha família é marcada pelas sujeiras que meu pai fez. Hoje ele é outro homem, se arrependeu do que fez. Sou um homem de Deus. 

Por que estava armado?
Para me defender.
 
De quem?
Não sei também. Há seis anos atrás mataram a minha mãe, na minha frente e dos meus irmãos. Sabia que isso também poderia acontecer comigo. Até hoje não prenderam quem fez isso. 

Por que ela foi morta?
Porque sempre visitava meu pai na cadeia. Só por isso. 

Sabia que estava sendo procurado por homicídio?
Não sabia. Não matei e nem mandei matar ninguém. 

O que fazia na casa?
Fui fumar um baseado. nome do fotografo legenda

Fonte: Notícia Agora

Nenhum comentário:

Postar um comentário