sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

'Nós não tínhamos paz', diz filho do suspeito da matar a mulher - José Adilson Leite atirou na mulher e na sogra na quarta-feira (21). Cláudia Gomes ficou internada três dias e morreu nesta sexta-feira (23)

José Adilson Leite Fonseca Júnior diz que sofreu inúmeras agressões do pai. (Foto: Valdivan Veloso/G1)José Adilson Leite Fonseca Júnior diz que sofreu inúmeras agressões do pai. (Foto: Valdivan Veloso/G1)
O estudante de direito, José Adilson Leite Fonseca Júnior, filho de Cláudia Maria Gomes, quemorreu após ser baleada em Montes Claros, Norte de Minas, afirma temer que o pai faça algo contra ele. Júnior relata que ele e a mãe já tinham sofrido inúmeras agressões e ameaças por parte do pai.
“Há menos de um mês ele falou que ia matar minha mãe e mais quatro pessoas. Eu acredito que seria eu, minha vó, meu primo e uma advogada da minha mãe”, relata emocionado.
Na quarta-feira (21), Cláudia Maria Gomes estava com a mãe dela, Terezinha da Cruz, de 64 anos, na Rua São Cristóvão, no Bairro Maracanã, quando José Adilson Fonseca atirou nelas, e em seguida fugiu de carro. As duas foram levadas para o hospital Santa Casa, mas Cláudia não resistiu e morreu na manhã desta sexta-feira (23). Terezinha recebeu alta médica e foi liberada nesta quinta-feira (22).

Na quarta-feira (22) , o sobrinho José Adilson, um jovem de 22 anos, foi encaminhado para o Presídio de Montes Claros, suspeito de participação no crime. Segundo a polícia, Terezinha da Cruz o reconheceu como sendo o motorista do carro que deu fuga ao atirador.
Ainda de acordo com o filho do suspeito, o casal estava em processo de separação, e há cerca de seis meses eles não moravam mais juntos. “Ele achava que minha mãe era uma propriedade dele. Ela tinha amizades mesmo somente com vizinhos ou com pessoas que ela conhecia há mais tempo”, afirma.
Júnior diz ainda que no período em que o casal estava separado, ele e a mãe viviam em alerta, com a possibilidade de novas agressões do pai. “Nós não tínhamos paz. Nós não podíamos ter uma rotina, pois não sabíamos o que ia acontecer. Neste tempo sempre andei com escova de dentes e objetos pessoais no carro, porque temia não poder voltar para casa”, explica.
A investigação do caso era conduzida pela Delegacia da Mulher, que chegou a pedir à Justiça um mandado de prisão contra José Adílson Fonseca, mas, com a morte de Cláudia, o inquérito foi encaminhado à Delegacia de Homicídio.

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