Acusado de homicídios, de comandar vários pontos de tráfico de drogas e de ter liderado a chacina no Conjunto Penal de Feira de Santana em maio deste ano, Ronílson Oliveira de Jesus, o “Rafael”, “Coroa” ou “Zeca”, é o novo Valete de Ouros do Baralho do Crime, criado pela Secretaria de Segurança Pública para ajudar na localização dos criminosos mais procurados do estado.
A foto de Rafael substitui a de Romário de Oliveira Brito, que está preso no Complexo Penitenciário de Eunápolis, respondendo a processos por tráfico de drogas, homicídio e formação de quadrilha. Rafael está foragido e, de acordo com o delegado João Rodrigo Uzzum, coordenador regional de Polícia (1ª Coorpin), a rebelião foi provocada por disputa pelo tráfico de drogas, dentro do presídio.
“O indivíduo de alcunha Aroldinho controlava todo o tráfico de entorpecentes dentro do presídio em todos os pavilhões angariando uma grande quantidade de dinheiro e entrou em disputa com Rafael, que já foi seu comparsa. Eles inclusive já foram presos por terem roubado juntos um banco há alguns anos na cidade de Utinga, depois eles se distanciaram e brigaram em razão do tráfico de drogas. Rafael quer dominar o tráfico dentro dos presídios, ele faz parte da facção criminosa intitulada Caveiras, e representa essa facção em Feira de Santana. Ele queria dominar o tráfico no presídio, mas Aroldinho não permitiu e isso culminou na chacina que nos deparamos aí”, detalhou o delegado.
Um dos nove mortos na rebelião foi Alisson Rodrigues Oliveira, acusado de ter mandado matar o adolescente Gabriel, que foi torturado, degolado e teve escrito com faca nas costas a sigla AL. Segundo o delegado, Alisson foi morto porque era um dos seguidores de Aroldinho, e foi determinado por Rafael, mentor da chacina, que ele fosse morto por causa da aproximação dele com o rival.
“Certamente Rafael queria que estivessem mortas todas as pessoas ligadas a Aroldinho. Rafael está sendo procurado e a polícia acredita que ele continua comandando o tráfico, através desta facção que domina diversos pontos de drogas em Feira de Santana e em Salvador, na área de Itapoã. Não acredito que atualmente ele esteja em Feira”, disse.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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