terça-feira, 6 de outubro de 2015

MONTES CLAROS MG. - Alpheu de Quadros reduz horas e conselho pressiona



O hospital Alpheu de Quadros anunciou ontem à tarde que irá funcionar das 7 às 22h
O Pronto-Atendimento Municipal Alpheu de Quadros, principal porta de entrada do SUS em Montes Claros anunciou na tarde de ontem que vai funcionar somente até às 22 horas para atender aos pacientes. O aviso era dado pelos atendentes na recepção, mas sem nenhuma placa comunicando a decisão. O Conselho Municipal de Saúde decidiu intervir para que o Pronto-Atendimento Alpheu de Quadros, localizado no Grande Delfino Magalhães, continuar o atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde, de forma ininterrupta. É que a Prefeitura de Montes Claros decidiu colocar o local para funcionar apenas das 7h às 22h, sob a alegação de falta de recursos e até ameaçou atender apenas pacientes de Montes Claros.
O conselheiro José Geraldo Kojak anunciou que na reunião ordinária de quarta-feira do Conselho Municipal de Saúde colocará em pauta a exigência do Pronto-Atendimento exercer sua função de porta entrada do SUS em Montes Claros. Na manhã de ontem ele manteve contato com a superintendente regional de Saúde, Patrícia Afonso Guimarães, quando foi comunicado que o custeio do atendimento básico tem de ser executado com os recursos municipais e no caso específico do Pronto-Atendimento Alpheu de Quadros, ali são atendidos apenas pacientes diagnosticados como azul e verde, de acordo com o Protocolo de Manchester, que são mantidos com recursos municipais. Ela explicou que a partir de dezembro deverá entrar em funcionamento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), cuja manutenção é tripartite, ou seja, com recursos federais, estaduais e municipais.
O conselheiro José Geraldo Kojak explica que a decisão da administração municipal em fechar o Pronto-Atendimento Alpheu de Quadros faz levantar a suspeição se estava sendo usado dinheiro dos hospitais e dos outros municípios para manter o local em funcionamento. “A Prefeitura alardeava a todos os cantos que gastava além do determinado em lei na área de saúde. Depois que perdeu a gestão hospitalar, decidiu fechar o Pronto-Atendimento Alpheu de Quadros durante oito horas por dia. O que de fato ocorreu?”, esclarece o conselheiro, que acionou o Ministério Público e pedirá informações reais sobre a aplicação de recursos no local.
Jornal Gazeta

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