sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Montes Claros - MG, detidos por incêndio em parque pagam fiança e são liberados - IEF estima que área atingida varia de dois a três mil hectares. Homens disseram que fogo colocado em galhos acabou se alastrando.

Ainda não á estimativa de área atingida, trabalhos estão concentrados no combate (Foto: Michelly Oda / G1)
Incêndio começou na sexta (6) e foi controlado na
quinta (12). (Foto: Michelly Oda / G1)

Os dois homens detidos nesta quinta-feira (12), suspeitos de envolvimento no incêndio que destruiu parte do Parque da Lapa Grande, em Montes Claros (MG), pagaram fiança de R$ 788 e foram liberados. A Polícia Civil instaurou o inquérito para investigar o caso, o prazo para a conclusão é de 30 dias. Para o Ministério Público, esta foi a maior tragédia ambiental do município. Segundo o Instituto Estadual de Florestas, a área atingida varia de dois a três mil hectares, e somente o Governo de Minas Gerais gastou R$ 2 milhões nas ações de combate ao fogo.

Os detidos foram autuados com base na Lei 9.605/1998, por destruir ou danificar a fauna de uma unidade de conservação ambiental e também por provocar incêndio em mata ou floresta. O delegado entendeu que ambos agiram de forma culposa, quando não há intenção de provocar o dano.

Nos depoimentos, os homens disseram que na sexta (6) receberam ordens do dono da Fazenda Vargem do Retiro, na qual estavam trabalhando há oito dias, para colocarem fogo em um monte de galhos secos. As chamas acabaram atingindo um coqueiro e parte da árvore caiu dentro do Lapa Grande, dando início ao incêndio, que foi controlado nesta quinta (12).
Os dois suspeitos foram levados para a delegacia (Foto: Valdivan Veloso/G1)
Os dois suspeitos disseram que trabalhavam na
fazenda há oito dias (Foto: Valdivan Veloso/G1)
Segundo a Polícia Civil, o proprietário da terra Joao Mangabeira, de 83 anos, ainda não foi encontrado, ele vai ser intimado para prestar esclarecimentos durante as investigações. O MPMG afirmou que ele já foi autuado por fazer queimada e deixar animais soltos no parque.

Nesta sexta (13) equipes ainda permanecem na unidade de conservação, fazendo monitoramento. Durante os dias de combate, cerca de 100 pessoas participaram dos trabalhos, entre brigadistas, bombeiros e voluntários. Quatro aeronaves também deram apoio. Além do gasto do Estado, ainda foram recebidas doações de terceiros.

Um laudo com todos os danos e a medição exata da área afetada pelas chamas deve ser divulgado na próxima quarta-feira (18). Peritos do MPMG também farão análises para avaliar os estragos.
A multa administrativa com base em danos ambientais é de cerca de R$ 2.200 por hectare. O valor pode ser aumentado se outros estragos forem constatados. O G1 não conseguiu localizar o dono da terra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário