Detento queima colchão em unidade da Papuda onde 10 fugiram - Penitenciária 1 do Distrito Federal (PDF 1)

24/02/2016 20:37 

Um detento da Penitenciária 1 do Distrito Federal (PDF 1) – mesma unidade onde dez presos fugiram no último domingo – colocou fogo em um colchão na tarde desta quarta-feira (24). Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que as chamas foram apagadas rapidamente e que não houve dano à estrutura do prédio. Até a publicação desta reportagem, a pasta não informou qual a pena do presidiário nem se ele vai sofrer algum tipo de "punição" pelo comportamento. O caso ocorreu no mesmo dia em que o Ministério Público do DF abriu inquérito para apurar as fugas no presídio. Segundo o MP, "era difícil escapar do local" e "se houvesse a vigilância adequada não teriam ocorrido as fugas". O órgão pede à Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), responsável pela gestão do sistema prisional, quais providências foram tomadas após a fuga. Os promotores também pedem as filmagens da unidade, a escala de servidores e a lista de todos os visitantes, incluindo advogados e agentes públicos, nos dias 19 e 20 de fevereiro. Na última terça (23), o governador Rodrigo Rollemberg exonerou o secretário de Justiça, João Carlos Souto. O chefe de gabinete da Casa Civil, Guilherme Rocha Abreu, assumiu interinamente. O governador também anunicou a saída do chefe da Sesipe, João Carlos Lóssio. No lugar dele, foi chamado Anderson Damasceno Espíndola. O chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, anunciou que a Sesipe vai deixar de ser vinculada à Secretaria de Justiça e passará ao controle da Segurança Pública. Os antigos gestores deixaram os postos depois da segunda fuga no complexo da Papuda em 20 dias e de críticas às falhas de segurança no sistema penitenciário do DF. Durante o anúncio das mudanças na estrutura da Secretaria de Justiça, Rollemberg anunciou que o governo vai concluir até o final deste semestre um centro de detenção provisória com capacidade para 400 presos e também vai ampliar a Penitenciária Feminina em mais 400 vagas. O GDF anunciou a construção de mais quatro centros de detenção, com capacidade para 3,2 mil presidiários. O prazo de conclusão da obra é de dois anos. O governo não informou o valor estimado da obra.