quarta-feira, 1 de junho de 2016

Após quase um mês, servidores da Unimontes seguem em greve em MG Segundo servidores, não houve avanço nas negociações com o Governo. Reitoria afirma que alunos não serão prejudicados com a paralisação.


Os professores e servidores administrativos da Universidade Estadual de Montes Claros(Unimontes) continuam conduzindo uma paralisação nos campi da instituição. A greve foi deflagrada no dia dois de maio e, segundo a Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes), o movimento continuará até que as negociações sejam favoráveis com o Governo do Estado. As principais reivindicações são reajustes salariais e a realização de concurso para os cargos técnicos-administrativos.

Segundo o presidente da Adunimontes, Gilmar Ribeiro, poucos avanços no diálogo com o Estado foram alcançados. “Até agora só tivemos propostas de ajustes técnicos no nosso plano de carreira e, no máximo, incorporação de gratificações nos salários. Decisões políticas, de fato, ainda não recebemos”, conta.

O representante dos professores garante, ainda, que há cinco anos não há reajuste no salário dos professores e que as demandas vão além de aumentos. “Muitas situações internas têm de ser melhoradas. Precisamos de mais infraestrutura na universidade, melhorias nas condições de trabalho e, além disso, mais democratização nas relações que se estabelecem aqui”, afirma Gilmar.

Alguns movimentos estudantis da Unimontes apoiam a paralisação. Durante as reuniões com o Estado, os alunos requereram bolsas de auxílio moradia. O benefício já foi liberado para mil e quinhentos alunos cotistas, além do aumento da remuneração da bolsa dos estagiários. Eles estão acampados há duas semanas em frente à reitoria da universidade.

O comando de greve, estabelecido pelos professores, tem se reunido diariamente para definir os próximos passos do movimento e as decisões a serem tomadas. Segundo Daliana Antônio, professora e integrante do grupo, a intenção é apoiar e garantir que os diálogos aconteçam. “O objetivo é que haja conversas e comunicação entre nós e a gestão, tanto interna quanto externa, da Cidade Administrativa. Estamos aqui para apoiar o movimento”, assegura.

Aulas suspensas
O vice-reitor da Unimontes, Antônio Avilmar Souza, garante que a direção da universidade não está parada e tem por objetivo estar junto aos professores. “A reitoria está se movendo para ajudar nas negociações. A direção está presente junto aos servidores, compreende as reivindicações e quer que as demandas sejam atendidas”, ratifica.

Sobre o retorno das aulas, a Adunimontes informa que não há previsão de data até que as negociações ocorram. O vice-reitor afirma que, apesar do período sem aulas, os alunos não ficarão prejudicados. “Garantimos que o ensino dos acadêmicos não será prejudicado, até porque a legislação não nos permite deixar que isso aconteça. A universidade com certeza zelará para que o aluno não fique sem suas atividades perdidas até este momento”, conclui.



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