sábado, 2 de julho de 2016

Tribunal volta a adiar decisão e Ruy Muniz segue em prisão domiciliar na ‘Gaiola de Ouro’ Montes Claros MG.

CADA QUARTA-FEIRA COM SUA AGONIA...

NO 30 JUNHO 2016.

 Viatura da Polícia Federal em frente à casa do prefeito Muniz, que segue em prisão domiciliar por mais duas semanas
O entorno do prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), vive ansiosas quartas-feiras há cerca de um mês, na expectativa de que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, aqui em Brasília, se pronuncie sobre o seu caso e libere da prisão domiciliar. A má notícia é que ainda não foi desta vez. O desembargador Cândido Ribeiro frustrou as expectativas dos aliados de Muniz, ao pedir vistas do processo por mais 15 dias. A decisão é mais um, entre repetitivos reveses na complicada situação do prefeito, preso no dia 18 de abril pela Polícia Federal, durante a segunda fase da operação “Máscaras da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”, que investiga suposto uso do cargo numa espécie de concorrência desleal para favorecimento de hospital de sua propriedade, em prejuízo das unidades sem fins lucrativos cadastradas no SUS.
O pedido de vistas joga a nova análise do caso Muniz para a quarta-feira, 13 de julho. Por enquanto, Ruy Muniz segue em prisão domiciliar na luxuosa mansão, no Bairro Ibituruna, em Montes Claros, o que motivou seus desafetos [Oh raça de gente sem coração!], a apelidar o local e sua recente serventia como ‘gaiola de ouro’ - em referência ao luxo, e justiça seja feita, o bom gosto da moradia. Consta que Muniz tem recebido no casarão a visita do mundo político local e até da região. A indefinição sobre o processo de Muniz mantém em suspenso sua participação ou não como candidato no iminente processo eleitoral. Há quem de barato que ele ganha a eleição, caso consiga sair da cadeia e entrar na disputa.
A decisão do magistrado Cândido Ribeiro, no entanto, pode apenas adiar o desfecho de decisão contrária aos interesses de Ruy Muniz. A relatora do processo, a desembargadora Neusa Maria Alves da Silva, que até então substituía seu colega Ney Bello, já tinha se manifestado pela manutenção da prisão domiciliar de Ruy, além de ter acatado a denúncia total contra ele a ex-secretária de Saúde do município, Ana Paula Nascimento. Recentemente, a corte também recusou pedido de habeas-corpus para a ex-secretária.
Semelhanças
Uma fonte do meio jurídico regional disse ao site que é muito provável que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região acabe por decidir pela continuidade da prisão domiciliar de Ruy ou, em caso mais extremo, até mesmo seu retorno ao Presídio Regional de Montes Claros. O entendimento é o de que, havendo semelhança no delito, semelhante poderá ser o tratamento jurídico que o caso vai receber. No caso de Ruy, há ainda o agravante de que ele teria recebido servidor da Prefeitura de Montes Claros para despachar em sua casa – o que pode ensejar motivação para retorno ao presídio.
Resumo da ópera: apesar de poder pagar banca de advogados de primeira linha, o tempo passa e o processo de Muniz não anda – o que derruba os humores do seu grupo político à medida que se aproxima o momento da definição das alianças e a data final para realização das convenções partidárias que vão definir os nomes dos próximos candidatos.
http://www.luisclaudioguedes.com.br/index.php/245-destaques/4591-cada-semana-com-sua-agonia

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