domingo, 25 de setembro de 2016

Januária MG. Prefeito de Januária olha com alheamento para a própria sucessão na tentativa de preservar sua biografia

MANOEL JORGE QUER SAIR COM DIGNIDADE

NO 25 SETEMBRO 2016.

O prefeito de Januária, Manoel Jorge de Castro(PT), desistiu de concorrer à reeleição e tem se mantido praticamente à margem do processo sucessório no município. Segundo uma fonte próxima ao petista, tudo que ele deseja é concluir o mandato com dignidade e preservar a biografia dos ataques típicos dos períodos de campanha eleitoral. O sonho de implantar em Januária um governo popular, com alguns vieses do socialismo cristão aprendido na militância da juventude católica fica para depois.   
Manoel Jorge caminha para o final de um governo difícil, mal avaliado pela opinião pública, em razão, sobretudo, da sua pouca disposição para comunicar ou investir em assessoramento especializado nesse métier. Até mesmo iniciativas positivas, como aquela de pegar o ônibus para cansativas viagens a Belo Horizonte e Brasília, para dar o exemplo da necessidade de economizar recursos públicos, foram mal recebidas pela população – acostumada a ver nos prefeitos a pompa e a circunstância do cara montado na picape último modelo.
Alheamento
Quebrada, Januária não permite esses luxos. A favor de Manoel, está o fato de que administrou a inviável Januária de forma serena, com a sabedoria quase zen budista, de quem teve sobre os seus ombros o peso da grave crise em que seu partido jogou o país. Teve pouca ajuda de onde mais esperava, a saber, os governos Dilma Rousseff e Fernando Pimentel. Por essas e outras é que Manoel Jorge é um eleitor quase alheio à própria sucessão. Deixa um saldo tímido de realizações, em que se destacam a discutível pavimentação asfáltica do centro antigo da cidade.
O PT tem uma candidata, a professora Lenice Nunes Ribeiro, que não inspira muito entusiasmo nem mesmo nas chamadas hostes históricas do partido. Apoia de forma desinteressada o estreante médico Marcelo Félix Araújo (PSB), para não desagradar o deputado estadual Paulo Guedes e a sua política de resultados. Manoel 100 dias até o final do mandato para consolidar sua saída digna, talvez em clima de ilusões perdidas ou, quiçá, com a incipiente convicção de que o sonho ainda não acabou.
Manoel talvez leve para o seu futuro retiro zen budista, a partir de janeiro, a convicção de que fez o melhor diante das impossibilidades tantas, entre ela o orçamento apertado ante ao caos instalado. O prefeito pode se dar por satisfeito por ter mantido a calma no mar revolto da ingovernabilidade que assola Januária. Agiu com prudeência e sabedoria, enquanto todos ao seu redor indicavam sinais. de pânico. 

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