Uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT) flagrou nesta sexta (2), 17 trabalhadores em situação análoga à escravidão no Parque de Vaquejada Maria do Carmo, que funciona no município de Serrinha. As atividades foram suspensas e o estabelecimento foi interditado por tempo indeterminado. Dentre as irregularidades estavam alojamentos sem as mínimas condições de higiene e conforto, transporte irregular, falta de condições sanitárias e ausência de registro, o que é classificado como escravidão moderna. Os trabalhadores, advindos de Alagoas e Pernambuco estão sendo retirados do local e ficarão alojados em hotéis até que a empresa pague as rescisões de contrato e transporte para suas cidades de origem. O MPT não descarta a possibilidade de entrar com ações na Justiça para garantir indenizações por danos morais coletivos e danos morais individuais para os trabalhadores. Guias para que eles recebam seguro-desemprego até que encontrem novas colocações estão sendo providenciadas pelo Ministério do Trabalho. Em seu Facebook, o Parque de Vaquejada Maria do Carmo postou uma nota de esclarecimento afirmando que “todas as exigências já foram cumpridas”. Quanto a suspensão de atividades, a empresa afirmou que vaquejada “voltará a acontecer até as 14, ou no máximo 16, desta sexta (2)”. “Houve sim, uma confusão quanto ao empregador e a necessidade de esclarecimento dos fatos que, por sua vez, já foram esclarecidos. Não haverá suspensão da vaquejada”, finalizou.
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