terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Sobre projeto de vereador para coibir uso de capacetes, Coronel diz: “Não acredito que diminua a criminalidade”


Polícia  Postado por Débora Ayane - 21/02 15:48h
Sobre projeto de vereador para coibir uso de capacetes, Coronel diz: “Não acredito que diminua a criminalidade”
Na tarde desta terça-feira (21), em entrevista ao Voz da Bahia, o tenente coronel Adalberto Píton, comandante do 14º BPM (Batalhão de Polícia Militar) de Santo Antônio de Jesus, comentou sobre um projeto de lei proposto pelo vereador Cristiano Sena (PSD), com o intuito de restringir uso de capacetes na tentativa de barrar violência. O Coronel afirmou que em sua opinião, tal projeto não é a solução para diminuir a criminalidade, visto que o cidadão não pode ser obrigado a não utilizar um equipamento de proteção, além do fato que esse projeto não garantirá verdadeiramente a redução do número de assaltos. “Segurança Pública é como futebol, existem vários técnicos e todos tem uma opinião, o vereador foi criticado e elogiado, e normalmente as pessoas emitem a opinião sem estudar a questão. Essa proposta de tirar capacete não é a primeira que surge. Eu não posso obrigar ao cidadão a não usar o equipamento de proteção individual, porque estaria colocando em risco, o primeiro ponto é preservar a vida. E o segundo ponto é a segurança pública, nós não temos garantia nenhuma de retirar o capacete irá diminuir os assaltos”, pronunciou. De acordo com Píton, é necessário pensar em várias vertentes e discutir alternativas, principalmente sobre a questão social, visto a necessidade de investir na juventude que está sem perspectiva, incentivos ou motivação para abraçar uma profissão. Em sua opinião, o que influencia diretamente na criminalidade é a reincidência, permitida pela legislação, onde os indivíduos são presos, pagam a fiança e voltam as ruas. “O meliante pode usar um boné, como já vimos inúmeras vezes, usar uma máscara, uma bala-clava, então eu não acredito que o fato de não usar capacete influenciará diretamente na redução da criminalidade. Podemos discutir alternativas. A Câmara poderia convidar os técnicos para discutir outras propostas, como por exemplo, os bares irregulares que são um grande problema na cidade, eu nunca vi alguma proposta para fechamento deles. As barracas da Feira Livre vendendo bebida alcoólica e drogas. Creio que a discussão é válida, mas não para buscar soluções simplistas. Acho que essa proposta deveria morrer, ela já é natimorta”, concluiu.
Assista a entrevista completa: CLIQUE AQUI!
  1. Reportagem: Voz da Bahia

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