domingo, 26 de março de 2017

10 Benefícios da Spirulina – Para Que Serve, O que é e Dicas

Spirulina

O consumo da Spirulina confere vários proveitos em termos de saúde e boa forma. Neste artigo, além de abordarmos esses benefícios da Spirulina, entenderemos o que é este superalimento, para que serve, bem como apresentaremos algumas dicas quanto ao seu uso.

O que é a Spirulina?

Embora ela seja conhecida como uma alga verde-azulada, a Spirulina na verdade é uma cianobactéria. Trata-se de uma bactéria fotossintetizante, que vive em lagos e rios de pH elevado, extremamente nutritiva (podendo ser consumida pelos seres humanos e outros animais).
Os astecas já a utilizavam como alimento e, com a NASA sugerindo seu cultivo e consumo aos astronautas em missões espaciais de longa duração, a Spirulina voltou a se popularizar.

As variedades mais comercializadas de Spirulina são a Arthrospira platensis, a mais amplamente distribuída, sendo encontrada na África, Ásia e América do Sul, e a Arthrospira maxima, na América Central.

Para que serve a Spirulina?

A Spirulina é um alimento completo, rica em vários nutrientes, que pode ser utilizado como suplemento dietético (inclusive para evitar a desnutrição).
A Spirulina também serve de fonte alternativa de proteína (ela tem teor proteico maior do que a própria carne vermelha), o que ajuda a complementar a dieta dos vegetarianos.
As apresentações da cianobactéria mais comuns, em se tratando de consumo humano, são os comprimidos, as cápsulas e o pó. Vale destacar que ela também pode ser utilizada como ingrediente de medicamentos tônicos. A Spirulina em flocos é mais usual nas formulações de rações para peixes.

Perfil Nutricional

Para se ter uma ideia do quão nutritiva ela é, uma colher de sopa de pó seco de Spirulina (7 g) fornece 20 calorias e contém:
  • 4 g de proteínas (e contempla todos os aminoácidos essenciais), 1,7 g de carboidratos, 0,3 g de fibra e 1 g de gordura (contendo ácidos graxos ômegas 6 e 3 na proporção de 1,5:1);
  • 21% das recomendações diárias de cobre, 11% das de ferro, 7% das de manganês e 3% das de potássio, magnésio e sódio;
  • 15% das de riboflavina, 11% das de tiamina, 4% das de niacina e 2% das de ácido pantotênico, ácido fólico, vitaminas K e E.
Uma ressalva importante a ser feita é que, ao contrário do tem sido divulgado no mercado, a Spirulina não é fonte de vitamina B12. A cianobactéria apresenta a pseudovitamina B12, que é biologicamente inativa em humanos.

Benefícios da Spirulina para a saúde e boa forma

1. A Spirulina ajuda a emagrecer
A deficiência de nutrientes em geral estimula uma maior ingestão de alimentos, como uma tentativa do nosso corpo se abastecer daquilo que está faltando. Por si só, este já é um forte motivo para você passar a consumir a Spirulina e com isso evitar o ganho de peso (ela supre uma boa parte das nossas necessidades nutricionais diárias e sem acrescentar quantidades significativas de calorias para isso.)
Os benefícios da Spirulina em prol do emagrecimento também são proporcionados pelo seu grande conteúdo de proteínas, cuja digestão é lenta o que faz você se sentir mais saciado, reduzindo o apetite.
2. Boa para os músculos
O alto teor de proteínas também faz da Spirulina um aliado daqueles que desejam ganhar massa magra, já que este é um macronutriente fundamental para a construção e a reparação do tecido muscular.
Além disso, a cianobactéria apresenta compostos com atividade antioxidante (compostos fenólicos, tocoferóis, betacaroteno, ficocianina etc), o que parece conter a fadiga muscular (os danos oxidativos induzidos pelos exercícios são um dos principais fatores para a ocorrência da mesma).
De acordo com dois estudos, a Spirulina ajuda a aumentar a resistência, isto é, ela aumenta o intervalo de tempo que as pessoas levam para se sentirem fatigadas. Já outra pesquisa, feita com atletas universitários, relata que a suplementação com a cianobactéria aumenta a força muscular, mas não afeta a resistência.
3. Ajuda a combater o câncer
Como vimos, a Spirulina é uma boa fonte de antioxidantes e por isso seu consumo confere uma proteção contra danos oxidativos (que podem levar a uma inflamação crônica e com isso ajudar na geração de câncer ou outros tipos de doenças).
A ficocianina é o composto responsável pela coloração verde-azulada da bactéria e o seu principal ativo: a molécula apresenta atividade antioxidante e inibe a produção de moléculas envolvidas no processo inflamatório.
Além disso, algumas pesquisas também sugerem que a Spirulina ajuda a combater especialmente o câncer de boca.
Na Índia, um estudo avaliou os efeitos da Spirulina em 87 pessoas que apresentavam lesões pré-cancerosas na boca. 45% dos participantes do grupo da Spirulina, que consumiram 1 g/dia da mesma durante o período de um ano, apresentaram uma regressão completa dessas lesões (ao passo que no grupo controle essa taxa foi de apenas 7%).
Em outra pesquisa, 40 pacientes com esse mesmo tipo de lesão e consumindo a mesma dose de Spirulina (1 g/dia) experimentaram uma melhoria dos sintomas (mais do que com a droga Pentoxifilina).
4. Ajuda a combater doenças cardiovasculares
A ingestão de Spirulina minimiza importantes fatores de risco associadas a aterosclerose (como o excesso de colesterol e a pressão alta), que por sua vez contribui para a ocorrência de doenças cardiovasculares como o infarto e o derrame.
Em uma pesquisa publicada no “The Journal of Nutritional Science and Vitaminology”, coelhos foram tratados com um dieta rica em colesterol (contendo 0,5% do mesmo) por 4 semanas. Na sequência, os animais receberam essa dieta rica em colesterol acompanhada ou de 1% ou de 5% de Spirulina, por um período adicional de 8 semanas. Os resultados mostraram que, após as 8 semanas, os níveis de colesterol ruim (LDL) reduziram em 26% nos coelhos que consumiram a dieta com 1% de Spirulina e em 41% naqueles da dieta com 5% da cianobactéria. Ainda foi observada uma diminuição dos níveis de colesterol total e triglicérides.
Outro estudo, feito pelo Departamento de Bioquímica do México, revelou que a ingestão diária de 4,5 g de Spirulina, ao longo de 6 semanas e sem mudanças na dieta, ajuda a regular a pressão arterial em homens e mulheres na faixa de 18 e 65 anos.
5. Ajuda a controlar a glicemia
Pesquisas em animais têm mostrado que a Spirulina pode diminuir de forma considerável o nível de açúcar no sangue. E, em algumas situações, a cianobactéria foi até mais eficaz do que drogas contra a diabetes (como a metformina).
Em um estudo realizado em humanos, que contou com a participação de 25 pacientes portadores de diabetes do tipo 2, a ingestão de 2 g de Spirulina também ajudou a reduzir a glicemia.
6. Ajuda a combater a anemia
A redução de hemoglobina ou de hemácias provoca anemia, uma doença caracterizada por sintomas de fadiga e fraqueza.
Uma pesquisa realizada com idosos com histórico de anemia mostrou que a suplementação de Spirulina, além de melhorar a função imunológica, elevou a quantidade de hemoglobina.
A anemia por deficiência de ferro é um problema muito comum nas mulheres devido à perda de sangue durante a menstruação. Autores do “Spirulina in Human Nutrition and Health” relataram que a suplementação de Spirulina em mulheres jovens, durante o período de um mês, também aumentou o teor de hemoglobina (entre 7 e 12%, dependendo de como a cianobactéria foi administrada).
7. Ajuda o sistema imunológico
Os benefícios da Spirulina para o fortalecimento do sistema imune vêm se consagrando cada vez mais, como mostra uma pesquisa feito Departamento de Agricultura em Taiwan.
No estudo, antes de transferir camarões brancos à água do mar de pH 6,8, os pesquisadores deixaram os mesmos expostos à água do mar que também continha um extrato de água quente com Spirulina. Vale destacar que os animais do grupo controle não entraram em contato com a cianobactéria. Os resultados revelaram que os camarões que receberam a “dose” de Spirulina se recuperam mais rapidamente do pH elevado da água do mar.
Já a pesquisa publicada no “Journal of Applied Phycology” dividiu 11 portadores de HIV, que nunca utilizaram antirretrovirais, em 3 grupos: um que fez o consumo diário de 5 g de algas marrons, grupo dos que ingeriram 5 g de Spirulina e outro que recebeu uma combinação das algas com as cianobactérias.
Após 3 meses de estudo, foi constatado que nenhum dos participantes experimentou efeitos adversos e que tanto as células do tipo CD4 (células de defesa que são alvos do vírus HIV) e a carga viral mantiveram-se estabilizadas.
8. Ajuda a combater a Cândida
Estudos em animais revelam que a Spirulina tem atividade antimicrobiana, especialmente contra a Cândida (um tipo de levedura),
A Spirulina estimula o crescimento da flora intestinal, e estas bactérias benéficas para o organismo ajudam a conter o desenvolvimento da população de Cândida. Além do mais, por conta do fortalecimento do sistema imune, a Spirulina também ajuda o corpo a suprimir essa infecção fúngica.
9. Ajuda a aliviar rinite
A rinite alérgica é doença caraterizada pela inflamação da mucosa nasal. Ela pode ser impulsionada por alérgenos existentes no ambiente, como o pólen, os pelos de animais, etc.
Em uma pesquisa feita com 127 pessoas com rinite alérgica, foi constatado que a ingestão diária de 2 g de Spirulina ajudou a reduzir de maneira significativa os seguintes sintomas: espirros, pruridos corrimento e congestão nasal.
10. Ajuda a desintoxicar o organismo
Como último exemplo dos benefícios da Spirulina, temos a sua capacidade de ajudar o organismo a se livra de substâncias potencialmente tóxicas. Ela apresenta uma combinação única de fitonutrientes, como a ficocianina, que podem ajudar a limpar nossos corpos.
Uma patente da Rússia foi premiada pela utilização da Spirulina como alimento contra as reações alérgicas de doença da radiação.
Durante um período de 45 dias, 270 crianças de Chernobyl (cidade ucraniana onde ocorreu um acidente nuclear) fizeram o consumo diário de 5g de Spirulina. Isso levou a uma diminuição dos radionuclídeos em 50% e a uma normalização da sensibilidade alérgica.
Em países como Blangadesh, milhares de pessoas são contaminadas por arsênio através da própria água potável.
Em um estudo, 24 doentes afetados pelo arsênio consumiram 250 mg de Spirulina e 2 mg de zinco, duas vezes ao dia. Os resultados foram comparados com 17 pacientes que receberam o placebo. Foi observado que essa associação de Spirulina e zinco promoveu uma redução de 47% do arsênio no corpo desses indivíduos

Dosagem e contraindicações

Com relação às dosagens, o padrão diário para um indivíduo adulto é de 4 a 6 comprimidos de 500 mg (em outras palavras, de 2 a 3g/dia). Apesar dela ser utilizada até por crianças, ainda não foi estabelecido uma dose segura e eficaz para os menores de 18 anos.
Também é importante frisar que faltam estudos acerca da segurança da Spirulina para as mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
Pessoas que apresentam a doença genética fenilcetonúria, que são incapazes de metabolizar o aminoácido fenilalanina, não devem fazer o uso da cianobactéria. O mesmo é válido aos transplantados e aos que sofrem de lúpus, artrite reumatoide, esclerose múltipla ou outra enfermidade autoimune já que a Spirulina tende a estimular o sistema Imunológico.
Não consuma a Spirulina caso você seja alérgico a iodo ou marisco.

Interações medicamentosas e alimentares

Ainda considerando os benefícios da Siprulina para reforçar o sistema de defesa do organismo, ela pode neutralizar a eficácia de fármacos imunossupressores, como prednisona, metotrexato, ciclosporina, adalimumabe, etc.
Seu consumo também pode interferir com medicamentos como a varfarina e drogas do tipo anti-inflamatória naõ esteroidal e alimentos (açafrão, alho, cravo, danshen, gengibre, ginkgo e ginseng) de ação anticoagulante, aumentando as chances de hemorragia.

Efeitos Colaterais

Os possíveis efeitos colaterais da Spirulina são febre (o alto teor de proteína aumenta o metabolismo, o que eleva a temperatura corporal), gases, fezes escuras (pelo fato de ajudar a remover resíduos acumulados no cólon, podendo até ser da cor verde por conta da clorofila), sonolência (graças a sua propriedade desintoxicante) e até mesmo excitação (pela conversão do seu conteúdo proteico em energia térmica).
Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)


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