quarta-feira, 22 de março de 2017

IDOSO QUE MATOU E ACORRENTOU MULHER QUE O ENSINAVA A LER FALA SOBRE O CRIME - chácara de São José do Rio Preto (SP)


Idoso que matou e acorrentou mulher que o ensinava a ler fala sobre crime: 'Deu uma coisa na minha cabeça'

Por Renata Fernandes*, G1 Rio Preto e Araçatuba
21/03/2017 13h35 Atualizado há 12 horas


A Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (21) vídeos com partes do depoimento do segundo suspeito de matar e acorrentar uma mulher à cama em uma chácara de São José do Rio Preto (SP), no dia 12. A reconstituição do crime deve ser feita na próxima semana. Francisco Lopes Ferreira, de 64 anos, foi preso na segunda-feira (20) ao sair de uma mata, onde estava escondido desde o dia do crime.
O delegado e os investigadores do caso foram até o Hospital de Base (HB), onde Ferreira está internado, no final da tarde de segunda-feira (20). Apesar de ter negado o crime para a Polícia Militar durante a prisão, o suspeito confessou à Polícia Civil que matou Simone de Moura Lopes, de 31 anos.
"Ela falou para mim: 'Eu vou parar de vir aqui'. Você não disse que não ia abandonar a gente e tal? O que está acontecendo com você? Ela falou: 'É para não dar o que falar'. Aí eu sei lá, doutor. Deu uma coisa na minha cabeça e acabei fazendo."
De acordo com o delegado Alceu Lima de Oliveira Junior, ele confessou a forma que desferiu as marretadas, o modo que a acorrentou, o horário e como todos os fatos se desenvolveram. "Ele só não sabe falar sobre o fato de a vítima ter sido asfixiada e onde está parte da roupa dela que sumiu. Ele confessou ter matado Simone porque ela disse que ia parar de frequentar a chácara", afirma Alceu.
Segundo o delegado, Ferreira também confessou ter escrito na foto da vítima que a amava. A foto foi encontrada na casa por policiais do núcleo da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise). O primeiro suspeito, identificado como Juvenal Pereira dos Santos, de 47 anos, foi preso próximo à chácara onde aconteceu o crime. Ele morava no local com Ferreira e os dois já haviam cumprido pena juntos por estupro.
No dia do crime, Juvenal disse para a polícia que passou o dia fora de casa, em Bady Bassitt (SP), para ajudar a mulher a fazer uma mudança. Policiais militares foram até a cidade e a mulher teria confirmado o fato. Por isso, o principal suspeito passou a ser o homem que morava com ele, mas a polícia nunca descartou Juvenal como suspeito e ele está preso temporariamente na cadeia de Catanduva (SP). Inclusive, a polícia não pediu a revogação da prisão dele, porque ainda não descartou a possibilidade de ele também ter participado do crime.
O delegado espera a conclusão do laudo da autópsia e vai fazer uma acareação com os dois suspeitos para checar completamente as duas versões. Segundo a polícia, Francisco negou ter estuprado Simone.
O crime
A vítima frequentava a chácara, onde foi encontrada morta e acorrentada à cama, há cerca de seis meses. Segundo a família, Simone ensinava o homem de 64 anos a ler e a escrever. No domingo (12), dia em que foi morta, daria aula de ensino religioso para ele.
Segundo a família, a voluntária saiu de casa por volta das 11h e, no final da tarde, ainda não tinha voltado. A família ficou preocupada, mas quando o marido foi até a chácara o crime já tinha acontecido.
De acordo com o boletim de ocorrência, Simone estava seminua e foi presa com correntes que prendiam pés e mãos, todas fechadas com cadeados. A vítima tinha ferimentos graves na cabeça. Uma marreta com marcas de sangue, possivelmente usada no crime, foi apreendida.
Segundo a polícia, Juvenal foi quem chegou primeiro na cena do crime e chamou a polícia. Ele entregou aos investigadores a marreta. Já o aposentado que recebia a ajuda de Simone não estava no local e ficou desaparecido por 10 dias. A Polícia Científica esteve no local e coletou materiais, que devem ajudar nas investigações.
*Com informações da TV TEM

http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/idoso-que-matou-e-acorrentou-mulher-que-o-ensinava-a-ler-fala-sobre-crime-deu-uma-coisa-na-minha-cabeca.ghtml

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