sábado, 1 de abril de 2017

Professores fazem protestos contra governo e PEC 287 em Montes Claros Profissionais se reuniram na Superintendência Regional de Ensino. Eles reivindicam reajustes nas condições salariais e de trabalho.

De acordo com organizadores, 1.500 profissionais de educação participaram do protesto (Foto: Juliana Gorayeb/G1)

De acordo com organizadores, 1.500 profissionais de educação participaram do protesto (Foto: Juliana Gorayeb/G1)
Profissionais da área de educação protestaram na Superintendência Regional de Ensino, em Montes Claros, na manhã desta sexta-feira (31). Os manifestantes, liderados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind – Ute), usavam faixas com palavras de ordem contra a Reforma da Previdência. De acordo com a organização do movimento, 1.500 grevistas participaram dos protestos. A Polícia Militar não acompanhou a ação dos manifestantes.

Desde o dia 16 de março, os servidores das escolas do Norte de Minas estão em greve. As aulas foram suspensas por tempo indeterminado. Além de oferecerem resistência a PEC 287, que faz mudanças na aposentadoria dos contribuintes, o objetivo dos profissionais da educação é reivindicar que o governo de Minas Gerais faça reajustes nas condições salariais e de trabalho.

De acordo com a direção do Sind – Ute em Montes Claros, negociações com o Estado têm sido feitas e algumas demandas já foram atendidas, como realização de novos concursos públicos e reajustes no piso salarial. Ainda assim, a greve segue por tempo indeterminado.
 

No Norte de Minas, ainda segundo o Sind – Ute, mais de 4 mil professores seguem em greve e 92% das escolas estão com os calendários letivos paralisados.
O que diz a secretaria
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais informou ao G1 que o Governo está em negociação como os representantes dos trabalhadores e que se esforça em cumprir os itens do acordo firmado em 2015. Com relação ao pagamento do piso salarial nacional, a secretaria afirma que foi acordado um reajuste de 31,78%, a ser pago até 2018 em três parcelas sob a forma de abono e posteriormente incorporadas ao vencimento básico.
Ainda segundo a nota, diante das limitações financeiras e das implicações jurídicas impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o Governo de Minas Gerais está avaliando a forma de atingir o novo valor do Piso Nacional, reajustado em 7,64% pelo Ministério da Educação em janeiro de 2017, mas garante o cumprimento do acordo firmado. O novo piso é de R$ 2.298,80.
Balanço da greve
Segundo a secretaria, das 3.654 unidades de ensino da rede estadual, 1.747 registraram a situação sobre a paralisação no estado. São 628 (17,19%) escolas totalmente paralisadas e 1.119 (30,62%) escolas parcialmente paralisadas. No Norte de Minas, as superintendências regionais informaram que 370 escolas estão paralisadas - 94 totalmente e 276 parcialmente -, afetando 182.840 estudantes.
Do G1 Grande Minas

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