As seis mortes de trabalhadores rurais em um território quilombola em um distrito de Lençóis, na Chapada Diamantina, na Bahia, não têm relação com disputa agrária, informou ao G1 a delegada Mariela Campos Sales, titular da delegacia do município e que investiga o caso. O crime aconteceu na madrugada entre o domingo (6) e a segunda-feira (7), no Território Quilombola de Iúna, distrito de Tanquinho. Conforme a delegada, as vítimas tinham entre 21 e 53 anos e foram mortas a tiros. Três pessoas eram da mesma família. Todos foram enterrados em Iúna, Lençóis e Tanquinho, na segunda-feira. Uma moradora de Iúna, que preferiu não se identificar, disse ao G1 que os moradores da comunidade quilombola estão assustados com o ocorrido e que não há registro de disputas de terras na região. "A gente ta em pânico, os moradores indo embora, com medo", disse. Conforme a polícia, pelo menos, três suspeitos participaram da ação. Ninguém foi preso. A polícia esteve no território quilombola e investiga se o crime tem relação com o tráfico de drogas na região. Ainda segundo a polícia, a chacina, conforme o apurado até agora, não tem ligação com a morte de um produtor rural do local em julho deste ano. Em nota de pesar, a Superintendência Regional do Incra/BA se solidarizou com a comunidade Iúna e com as famílias das vítimas, que, segundo o órgão, foram identificadas como Adeilton Brito de Souza, Gildásio Bispo das Neves, Amauri Pereira Silva, Valdir Pereira Silva, Marcos Pereira Silva e Cosme Rosário da Conceição. Por meio da assessoria, o Incra disse que espera a apuração do ocorrido.
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