domingo, 5 de novembro de 2017

Marido de vereadora acusado de desviar R$ 13,6 mil da saúde em Manga-MG, agora culpa colegas




Marido de vereadora acusado de desviar R$ 13,6 mil da saúde em Manga-MG, agora culpa colegas



Um ex-servidor da Prefeitura de Manga, no Norte de Minas, que confessou haver desviado e embolsado mais de R$ 13 mil da área de saúde, mudou sua versão e agora põe a culpa em ex-colegas de trabalho.

José Lopes dos Santos (foto), marido da atual vereadora Cassília Rodrigues de Souza, a Cassília da Assistência Social (PSB), era servidor efetivo da Prefeitura de Manga no cargo de auxiliar de serviços gerais. Entre novembro de 2007 a março de 2009, ele exerceu o cargo comissionado de assessor técnico junto ao departamento de contabilidade.

De acordo com a ação de improbidade administrativa nº. 0013050-95.2010.8.13.0393, ajuizada pela Prefeitura de Manga em 23 de abril de 2010, através da empresa Menezes Consultores e Advogados Associados, um levantamento realizado pela tesouraria constatou que José Lopes dos Santos teria confeccionado vários documentos em duplicidade, destinados à liberação de recursos para pacientes que necessitavam de tratamento fora do domicílio. Um dos pagamentos era efetivamente entregue aos pacientes, enquanto o outro era embolsado pelo marido da vereadora.

De acordo com o levantamento, os desvios chegaram a R$ 13.659,00, em valores de oito anos atrás, causando prejuízo aos cofres públicos e prejudicando diversos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualizado monetariamente, o valor passa de R$ 50 mil.

Na época em que o desvio foi descoberto, José Lopes dos Santos confessou o crime na presença dos colegas de setor e da polícia. De 2016 para cá, ele resolveu mudar a sua versão. Os advogados do ex-servidor são o ex-vereador e atual procurador jurídico da Câmara Municipal de Manga, Maurício Magalhães de Jesus, a advogada Jordana Medeiros de Oliveira e o advogado Carlos Eduardo Serapião Aguiar.

Na contestação apresentada por meio dos advogados Maurício Magalhães e Jordana Medeiros, o ex-servidor José Lopes dos Santos agora alega que “não trabalhava sozinho no local” e que “quaisquer das pessoas que trabalhavam em sua companhia podem ter confeccionado fraudulentamente e pago os TFDs”.

O ex-servidor alegou ainda que “foi pressionado pelos colegas de trabalho e demais autoridades do município a se auto-incriminar, pois, estava sob pressão”. O caso será julgado pelo juiz Luiz Felipe Sampaio Aranha, da 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Manga.

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