O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (30) que foram confirmados 3.037 casos de alterações no crescimento e no desenvolvimento de recém-nascidos e crianças em consequência da infecção pelo vírus da zika, de 8 de novembro de 2015 a 2 de dezembro de 2017. Setenta morreram no período. Segundo o boletim epidemiológico, em dois anos, foram notificados 15.150 ocorrências suspeitas de más-formações provocadas pelo zika, das quais 1.987 (13,1% do total) foram excluídas pelo ministério após "criteriosa investigação, por não atenderem às definições de caso vigentes". Já em relação aos casos com apuração concluída, além dos 3.037 (20,1%) confirmados, 6.718 (44,3%) foram descartados, 310 (2%) foram classificados como prováveis para relação com infecção congênita durante a gestação e 195 (1,3%) como inconclusivos. Do total de casos notificados, 2.903 (19,2%) permaneciam em investigação quando o levantamento do ministério foi fechado. A região que concentrou o maior número de ocorrências confirmadas foi o Nordeste, com 2.001 casos, seguido pelo Sudeste, com 569, e pelo Centro-Oeste, com 237. O Norte registrou 179, enquanto o Sul, 51. Entre as unidades federativas, a Bahia foi o estado com mais casos confirmados de más-formações em bebês e crianças, com 509. Na sequência, aparecem Pernambuco (438), Rio de Janeiro (268) e Maranhão (205). Das 70 mortes confirmadas em função das alterações causadas pelo zika, 30 ocorreram no Nordeste, sendo 16 em Pernambuco, o Estado com o maior registro de óbitos. Na Região Sudeste, foram 20 mortes, das quais nove ocorreram em Minas Gerais. (BN)
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