Foto: Uwe Schmidt/Wikimedia Commons
Transmissor de doenças como a raiva, o morcego é um animal de hábitos majoritariamente noturnos e se alimenta principalmente de insetos, frutas, entre outros. Normalmente, são encontrados nos porões ou cômodos pouco usados das casas. Assim, todo é cuidado é pouco para a população, que deve redobrar a atenção em caso de presença do mamífero. Durante esse ano, foram confirmados quatro casos de raiva silvestre em morcegos não hematófagos – aqueles que não se alimentam de sangue – nos bairros de Patamares (2), Piatã e Arenoso. Contudo, desde 2004, não há registro de casos de raiva humana na capital baiana. Segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), qualquer tipo de morcego adoece e pode passar a raiva, enfermidade que pode levar a morte. A transmissão da doença para pessoas ou animais pode ocorrer no caso de mordedura, arranhadura ou contato direto com a saliva do voador doente. Caso o morador de determinada região encontre morcegos circulando durante o dia, ele deve ficar atento. Além disso, outros tipos de animais mortos também podem indicar sinal de contaminação pela raiva. De acordo com o médico veterinário do CCZ, Aroldo Carneiro, ambas as situações merecem cuidado. “Eles só saem dos abrigos quando o sol se põe, e ficam em atividade à noite. Caso ele apareça durante o dia, vale um alerta, é sinal de um animal doente”, afirmou. O médico assinalou ainda que caso o animal adentre a residência, nunca se deve colocar a mão, sem proteção, diretamente no morcego. A orientação do especialista é tentar imobilizá-lo, colocando sobre ele um balde, um pano ou uma caixa, e chamar o centro de Controle de Zoonoses pelo telefone 156 ou ainda pelos telefones 3611-7331/3611- 7310. Outro conselho é o de que a pessoa não tente matar o morcego. Segundo Carneiro, o ideal é fazer a intervenção para que ele não entre na residência. “Manter fechado o local, a janela, basculante por onde ele entra. Ele geralmente é atraído por um alimento, uma fruta. Volto a dizer não se deve tentar matar o morcego, que tem uma importância ecológica”, destaca. Além da raiva, os morcegos podem transmitir doenças como salmonelose, que causa infecção intestinal, e histoplasmose, que traz problemas respiratórios. Mas, se ocorrer o contato direto com o animal – seja por mordida ou arranhão –, o médico veterinário do Centro alerta que é preciso procurar imediatamente orientação médica nas unidades de saúde. Já nas situações em que as vítimas sejam os animais, é necessário informar o CCZ para receber as devidas orientações. “Existe um protocolo de orientações para animas que tiveram contato de morcegos que precisa ser cumprido”, destaca. O veterinário também alerta aos donos de pet para que nunca permitam a brincadeira entre morcegos, cães e gatos. “Se estiverem brincando, é preciso afastar. Deixa preso o animal, até que o morcego seja retirado”, diz. Para serem imunizados, os animais filhotes devem possuir mais de três meses de idade e não podem estar doentes. Não é necessário levar documentos, e o procedimento ocorre sempre de segunda a sexta, das 8h às 17h, em unidades de saúde espalhadas pela cidade. A lista está disponível no site da SMS (www.saude.salvador.ba.gov.br). Na capital baiana, 100 unidades de saúde vacinam contra a raiva silvestre durante todo ano. Nos 11 meses de 2018, 158.248 mil cães e 73.761 mil já foram imunizados. (Tribuna da Bahia)
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