sábado, 8 de dezembro de 2018

Quem malha transa melhor, sabia?


07/12/2018 19:29 
Quem malha transa melhor, sabia?
Chris Parente
Vamos imaginar a seguinte situação: você está levantando peso e o professor diz, à queima-roupa: “Contraia a vagina”. A probabilidade de você sentar a mão no “atrevido” é alta. Ou então de processá-lo por assédio sexual, se você for do tipo menos sanguíneo e mais cerebral. Mas saiba que o moço estaria certíssimo: uma orientação como essa numa sala de musculação – não duvide! – só traria benefícios a você. Agora, pense numa academia com aulas de ioga e pilates. Na primeira sala, você vai escutar frases como “contraia o períneo” (esse ilustre desconhecido faz a ligação entre a vagina, a uretra e o ânus). Na segunda sala, o comando será “acione o assoalho pélvico” (a região que engloba os músculos que se situam na parte inferior da pélvis, incluindo o períneo). E pode apostar: nenhuma aluna fica constrangida ou ruborizada, mesmo que existam vários rapazes na sala. “Para o pilates essa é uma musculatura essencial, que faz parte do core ou cinturão central, em conjunto com o abdômen, glúteos e região lombar”, explica Luana de Oliveira, fisioterapeuta especializada em ortopedia e instrutora de pilates.
O mesmo vale para a ioga – é só lembrar que essa prática é “prima” do Kama Sutra (aquele tratado indiano sobre sexo, famoso pelas posições não-convencionais) e do pompoarismo (arte sexual criada na Índia e aperfeiçoada pelas tailandesas para fortalecer os músculos da vagina e aumentar o prazer delas e dos parceiros). Sábias essas orientais… Voltando para a sala de musculação: “É muito importante manter o assoalho pélvico contraído ao se exercitar com carga”, diz a fisioterapeuta Adriana Brasilino. E explica: “Esse tipo de atividade física faz uma pressão para baixo no nosso corpo, o que pode acabar enfraquecendo a musculatura de sustentação dos órgãos sexuais. Pode ser uma contração leve, não precisa colocar muita força”, ensina Adriana, que é especializada em uroginecologia – parte da medicina que cuida de disfunções como a incontinência urinária, que, aliás, acontece exatamente pe-la flacidez daquela área.
O músculo do amor
O fato é que exercitar o assoalho pélvico – por menos sexy que seja esse nome – pode incendiar a sua cama. Pois é por meio da contração involuntária desses músculos que acontece… tchan, tchan, tchan, tchaaan, o orgasmo! Agora ficou interessante, não é mesmo? “O prazer sexual depende da fricção do pênis no canal vaginal e da pressão da vagina sobre o pênis. Essa pressão é exercida pelos músculos. Se eles estão fortalecidos, ela é maior”, explica Sheila Marcondes, instrutora de pilates e fisioterapeuta com especialização em fisioterapia desportiva.
O mapa do tesouro 
É simples: como qualquer outra musculatura do corpo, a tonicidade do assoalho pélvico pode ser aumentada com exercícios de fortalecimento. E assim como na ginástica localizada, quanto mais você praticar, melhor.
• O exercício mais conhecido para trabalhar os músculos internos da vagina se chama Kegel, numa referência ao ginecologista norte-americano Arnold Kegel, que, na década de 50, passou a recomendá-lo para suas pacientes. “Quando você estiver fazendo xixi, segure o jato de urina no final, espere alguns segundos e solte. Depois, interrompa e solte de novo, até esvaziar a bexiga. Assim, você vai aprender a contrair e relaxar voluntariamente esses músculos”, diz Rita.
• A posição de cócoras, por si só, é uma das que mais trabalha o assoalho pélvico. Para você intensificar esse trabalho, experimente contrair e relaxar os músculos da vagina acompanhando a sua respiração: inspira, contrai. Expira, relaxa. Tente manter os calcanhares no chão. Se não conseguir, apóie-os em dois bloquinhos de ginástica.
• A posição de cócoras, por si só, é uma das que mais trabalha o assoalho pélvico. Para você intensificar esse trabalho, experimente contrair e relaxar os músculos da vagina acompanhando a sua respiração: inspira, contrai. Expira, relaxa. Tente manter os calcanhares no chão. Se não conseguir, apóie-os em dois bloquinhos de ginástica.
• Outra dica é exercitar o períneo quando estiver fazendo ginástica localizada ou musculação. “Acionar o assoalho pélvico ajuda na contração mais eficaz do abdômen. Não só o abdominal rende mais como a aluna aprende a conhecer melhor o seu corpo”, diz Márcia Reis, professora de educação física da academia Bio Ritmo, em São Paulo, com especialização em treinamento de força. “Contraia o abdômen como se quisesse grudar o umbigo nas costas, ao mesmo tempo que fecha os músculos do assoalho pélvico, como se estivesse apertada para fazer xixi. Só depois disso, você começa os abdominais”, ensina Márcia.
• Outra dica é exercitar o períneo quando estiver fazendo ginástica localizada ou musculação. “Acionar o assoalho pélvico ajuda na contração mais eficaz do abdômen. Não só o abdominal rende mais como a aluna aprende a conhecer melhor o seu corpo”, diz Márcia Reis, professora de educação física da academia Bio Ritmo, em São Paulo, com especialização em treinamento de força. “Contraia o abdômen como se quisesse grudar o umbigo nas costas, ao mesmo tempo que fecha os músculos do assoalho pélvico, como se estivesse apertada para fazer xixi. Só depois disso, você começa os abdominais”, ensina Márcia. (Boa Forma)

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