quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

SAJ: Em reunião com SESAB e MP, superintendente apresenta proposta para que municípios contribuam com a Santa Casa


05/12/2018 11:26 
SAJ: Em reunião com SESAB e MP, superintendente apresenta proposta para que municípios contribuam com a Santa Casa
Nesta última terça-feira (4), representantes do Hospital e Maternidade Luiz Argolo de Santo Antônio de Jesus, se reuniram juntamente a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), Ministério Público e municípios conveniados, para discutir sobre os problemas financeiros da Santa Casa em busca de soluções. Em entrevista à Rádio Recôncavo FM, a Superintendente de Gestão de Sistemas de Regulação da Atenção à Saúde, Ana Paula Andrade, comentou sobre a insuficiência e possíveis alternativas para solucioná-los, “estamos trabalhando há uns 2 meses junto a promotoria pública e o município tentando ajudar a Maternidade Luiz Argolo nessa crise. Ela foi oficialmente apresentada agora, mas já perdura a tempos. É uma insuficiência financeira de remuneração, considerando que existe uma sub-financiamento na tabela SUS. O Estado vem tentando compor valores para equacionar este sub-financiamento, mas a gente sabe que é insuficiente para manter uma instituição que é considerado a mais cara dentro das especialidades clinicas. Estamos junto aos municípios de toda a região tentando canalizar novos recursos”, apresentou.
A superintendente afirmou ainda, que o governo não pretende estadualizar a instituição de saúde, “o estado apresentou todos os números que aporta no Luiz Argolo, neste momento ele não tem nenhuma alternativa financeira diferente, pois não há nenhuma política de incentivo diferente do que temos praticando. O estado não tem nenhum interesse em estar estadualizando esta unidade ou trazendo a gestão desse serviço para área estadual, o nosso interesse é unir esforços dos municípios junto com Santo Antônio de Jesus que tem dado assistência para garantir serviços de obstetrícia para toda a região”, falou.
Após ser questionada sobre a hipótese de o Estado ser responsável pelo hospital e se o mesmo teria condições financeiras para se mantê-lo, Ana Paula demonstrou a variação no custo que o governo estadual teria com a instituição, em relação aos repasses feitos para a Santa Casa, “pelos estudos que a economia da saúde da SESAB apresentou, se essa unidade fosse do estado ela precisaria de 780 mil reais para se manter. Atualmente, o valor atual do contrato do Estado para essa instituição é de 550 mil, o que de fato existe uma insuficiência financeira para a manutenção e todos esses serviços. Entretanto, os repasses do Estado são feitos baseados em diretrizes do Ministério da Saúde, já que o estado não tem política própria de incentivos”, disse.
Sugestões: A representante falou sobre o que deve ser acordado com os municípios que utilizam os serviços do Hospital e Maternidade Luiz Argolo, levando em consideração os desempenhos da instituição junto ao Programação Pactuada Integrada (PPI), que é um instrumento dos secretários de saúde para garantir o acesso da população aos serviços de média e alta complexidade, “apresentamos qual o desempenho da Santa Casa junto ao PPI, a gente trabalha com recursos do Tesouro Nacional e quando desses recursos estão deixando de ser executados, segundo a informações de produção hospitalar. Baseado nisso, identificamos que vários municípios não vêm executando 100% do que foi programado para a obstetrícia e a ideia é que os mesmos possam se conscientizar e remanejar esse recurso para Santo Antônio de Jesus, ajudando a cidade a diminuir este déficit financeiro. Na verdade, devem ser justos com o município, repassando para Santo Antônio de Jesus aquilo que efetivamente ele venha utilizando”, esclareceu.
Redação: Voz da Bahia

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