sábado, 25 de maio de 2019

Vereador de Jequié suspeito de matar adolescente em ação policial quando atuava como PM será julgado 11 anos após crime

Um vereador da cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia, que é suspeito de matar um adolescente de 17 anos, no município, será julgado nos próximos dias, mais de uma década após o crime. Gilvan Souza Santana, mais conhecido como Soldado Gilvan (PPS), de 42 anos, é policial militar e, segundo denúncia do Ministério Público (MP-BA), matou a vítima em uma ação policial, quando ainda atuava na corporação. Atualmente, ele está de licença por conta do cargo público. O crime ocorreu no dia 6 de abril de 2008. Conforme o MP, a ação começou após uma briga envolvendo a vítima, os amigos e um grupo rival. A situação ocorreu em um bar da cidade e, após a chegada de policiais, os envolvidos teriam corrido do local, incluindo o adolescente. De acordo com a denúncia, o garoto, identificado como Bismarques Ribeiro Oliveira, estava desarmado e teria se escondido em uma casa, na região, na tentativa de fugir da abordagem. Mas foi encontrado pelo policial militar. No imóvel, segundo o MP, o adolescente foi rendido por Gilvan, que, mesmo após a vítima ter se entregado, teria atirado três vezes contra o garoto. Bismarques Ribeiro morreu no local. Conforme a denúncia, após a ação, o policial ainda teria tentado implantar uma arma na cena do crime, para fazer parecer que a vítima estava armada. De acordo com o Ministério Público, a versão é confrontada por testemunhas. No entanto, Gilvan aguarda julgamento em liberdade e foi eleito vereador da cidade. O júri do suspeito foi marcado para o dia 13 de agosto deste ano. No entanto, na segunda-feira (20), a Justiça publicou no Diário de Justiça Eletrônico um despacho pedindo a antecipação da audiência. A data ainda não foi definida. O G1 tentou falar com a defesa do vereador, mas não conseguiu retorno até a publicação desta reportagem. A Polícia Militar também foi procurada para saber a atual situação do PM na Corporação e ficou de se posicionar.

Greve da Polícia Militar

Além do caso de homicídio, o vereador Gilvan Souza Santana é apontado como um dos envolvidos em diversos crimes contra a segurança nacional praticados durante a greve da Polícia Militar, ocorrida entre os dias 31 de janeiro e 10 de fevereiro de 2012, na Bahia. Em 2013, ele e outros sete PMs, entre soldados e cabos, chegaram a ser denunciados pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF- BA), por conta das ações. (G1/Ba)

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