segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Produção de carnes nobres no Norte de Minas ratifica potencial produtivo da região

Fazenda Santa Mônica


Demétrius Monteiro (BNB), Edvaldo Marques (Projetista), Wesley Maciel (B...



Fazenda Santa Mônica1

 


Fazenda Santa Terezinha recebe presidente da Embrapa e comitiva do Banco do Nordeste


 Montes Claros (MG), 16 de novembro de 2020 - A família Geo escolheu o Norte de Minas Gerais para a implantação de um empreendimento de alto padrão: a produção de carnes nobres, de bovinos da raça angus. A Fazenda Santa Mônica, no município de São João da Ponte, abriga 65 mil cabeças de gado e é um oásis de produtividade sustentável no Semiárido mineiro. O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Luiz Moretti, e o superintendente estadual do Banco do Nordeste para Minas Gerais e Espírito Santo, Wesley Maciel, conheceram as instalações, onde são desenvolvidos os produtos Carapreta.


A produtividade na Fazenda Santa Mônica atinge um patamar de excelência: são 120 arrobas por hectare, enquanto a média nacional é de 5,5 arrobas por hectare. O também trabalha com ovinos e pescados e produz soja e milho em sistema de rotação de cultura, o que contribui para a recuperação do solo. A energia do empreendimento é gerada por biogestores que usam como fonte os resíduos dos animais e é usada para captar água. A mesma água é utilizada no tanque dos peixes, para o gado e na produção agrícola.


A alta tecnologia empregada, principalmente em relação ao uso sustentável dos recursos hídricos, surpreendeu o presidente da Embrapa. “O Brasil saiu da posição de importador de alimentos, como carne, cinco décadas atrás para se tornar a potência que somos hoje porque tivemos ao longo da história produtores como esta família. Falamos da economia circular da água como um conceito, mas muitas vezes não temos a oportunidade de vê-la no mundo real.”, observa Celso.


O Banco do Nordeste é parceiro do empreendimento e já financiou biodigestor e liberou crédito para custeio. O superintendente Wesley adianta que a instituição prevê apoiar a construção de um centro de treinamento e a implantação de um abatedouro de bovinos na Fazenda Santa Mônica, o que atualmente é feito em Contagem. “Os índices de produtividade são impressionantes e expressivos. Além disso, a importância social do projeto é imensa. Está no Norte de Minas, no Semiárido, e gera 600 empregos qualificados e com bons salários em uma região carente, com pouca oferta e baixa industrialização”, salienta. 


São João da Ponte tem o 828º Índice de Desenvolvimento Humano do estado entre os 853 municípios mineiros (0,569 contra 0,731 de Minas Gerais). O empresário Rodolfo Geo destaca que um dos objetivos do projeto é industrializar o campo, por meio da reversão do êxodo rural, com a absorção de mão de obra local, da mais simples à mais graduada.


O irmão e sócio José de Lima Geo Neto complementa que “é possível e é urgente” empreender no Semiárido mineiro. “O Norte de Minas é a região do estado com o maior potencial produtor do futuro. Aqui tem abundância de gente, de sol e de recursos hídricos, no subsolo e nos rios. Confiamos muito no Banco do Nordeste, porque o Banco nasceu para isso: resolver os problemas estruturais da região”, reconhece.


A comitiva do BNB também contou com a presença do gerente executivo Demétrius Monteiro e do gerente da agência Montes Claros, Danilo Cordeiro, responsável pelo atendimento ao grupo. “O manejo intensivo, o cuidado com os recursos ambientais, a preocupação com a capacitação dos funcionários e com a comunidade local são marcas desse projeto, que podem ser replicadas em outros empreendimentos, mesmo que em menor escala. O empreendimento comprova que, com profissionalismo e tecnologia adequada, a região é viável e oferece muitas oportunidades”, afirma Danilo.


IMPRENSA - Banco do Nordeste

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