sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Mato Verde MG. CPI investiga corrupção na Prefeitura de Mato Verde



A Câmara Municipal de Mato Verde criou Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar possíveis atos de corrupção do prefeito Generino de Sales Pinto (PMDB). O requerimento para criação da CPI foi assinado por 5 e aprovado por 6 vereadores, durante sessão que contou inclusive coma presença do Promotor de Justiça Márcio Ayala Pereira Filho.

De acordo com o requerimento subscrito pelos vereadores Miraldo Batista de Farias (PT), Pablo Vinícius Morais (PT), Antonecy Mendes Santos (PRP), Valmir Barbosa de Souza (PT) e Aderval José de Freitas (PP), serão apurados cinco fatos: irregularidades em processos licitatórios vencidos pela empresa CC Construtora Ltda. utilização de bens públicos em benefício particular; desvio de verbas destinadas à merenda escolar; criação e provimento irregular de cargos públicos em comissão e malversação do dinheiro público com aquisição de telefones celulares pagamento das respectivas contas em valores exorbitantes.

Nesta quinta-feira (17/12) houve a primeira reunião de trabalho da CPI. Quando a reunião estava para terminar, uma servidora municipal e sua mãe invadiram o local da reunião, fazendo ameaças e desacatando os vereadores. Vídeo divulgado nas redes sociais por outro funcionário da Prefeitura também faz ameaças e desacata os membros da CPI. Para os vereadores, os ataques são incentivados e patrocinados pelo prefeito. Generino não foi localizado para se manifestar sobre o assunto.

Mato Verde, com 12,6 mil habitantes, está entre os municípios do Norte de Minas que apresentam maiores índices de percepção da corrupção. Em 2014 o município gastou R$ 126,9 mil com pagamento de diárias. Cerca de metade (64,2 mil) foi embolsada pelo prefeito Generino Sales Pinto.

Após denúncias da Amigos Associados de Mato Verde, uma organização não governamental de combate à corrupção, a despesa com diárias caiu para R$ 58 mil nos primeiros sete meses de 2015. Do total, R$ 19,4 mil foram parar no bolso do prefeito.

Generino também é acusado de usar veículos e outros bens públicos em benefício particular (veja aqui). Os fatos também estão sendo investigados pelo Ministério Público de Minas Gerais.

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