quinta-feira, 3 de novembro de 2016

VÍTIMA DE EXPLOSÃO DE BUEIRO MORRE APÓS MAIS DE UM MÊS INTERNADA- RJ


Vítima de explosão de bueiro no Rio morre após mais de um mês internada

Depois de mais de um mês internada, morreu no Hospital da Força Aérea do Galeão, no Rio, a atriz Aline Barreto Pais, uma das oito vítimas da explosão de um bueiro ocorrida na Lapa, no Centro, no final de setembro. A morte foi confirmada pela assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo a FAB, Aline teve óbito confirmado às 20h49 desta terça-feira (1º). Ela estava internada lá desde o dia 25 de setembro, após ser transferida do Hospital Municipal Souza Aguiar. Ela teve mais de 50% do corpo queimado na explosão do bueiro e teria sofrido complicações no tratamento. A causa da morte não foi divulgada.
A explosão ocorreu em um bueiro na esquina da Rua do Senado com Avenida Gomes Freire, na Lapa, na noite de 24 de setembro, um sábado. Aline havia saída da comemoração do aniversário de uma amiga quando foi vítima do acidente.
A região da Lapa, onde ocorreu a explosão, é uma das mais movimentadas do Rio durante a noite e é muito conhecida por concentrar diversos bares e boates.
Momentos de pânico
Um dia após o acidente, uma das vítimas conversou com o G1. Henrique Fonseca, de 35 anos, contou ter vivido momentos de pânico.
"Nós estávamos na rua conversando. Uns amigos estavam sentados, eu estava com ela [Paula] em pé. Quando explodiu, eu agarrei ela, tentei abaixar ela comigo, mas não tive tempo, não tive força, aí eu me joguei no bar, ela também. Vi gente pegando fogo, tinha um rapaz, que eu achei que fosse ela, que estava com fogo na cabeça, fogo nas roupas, eu apaguei com a mão o fogo dele. Depois, eu vi que não era ela, que ela estava atrás de mim. A explosão é muito forte. Não tem ideia de como é aquela explosão, é um calor", disse Henrique.
O rapaz ficou ferido nos braços, no rosto e no pé. Paula Machado, 38 anos, também teve ferimentos no rosto, nos braços e nas costas. Os dois foram levados para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio, e receberam alta hospitalar na tarde depois do acidente.
Segundo Henrique, momentos antes da explosão havia faltado luz no local. “Antes, faltou luz. A Light foi lá, mexeu no bueiro, fechou, saiu, passou um tempo a luz voltou. Depois de uns 20 minutos que a luz voltou foi a explosão", contou.
Uma testemunha que mora próximo ao local da explosão contou ao G1 à época que ouviu uma forte explosão e desceu para ver o que tinha acontecido. Segundo ela, foi "um clima de pânico".
"As pessoas estavam queimadas, com o corpo todo queimado. Quando desci, dei assistência pra uma garota. Ela estava toda queimada, com a roupa queimada, cabelo queimado, teve queimadura em todo corpo, ela estava nua. Eu achava que ela estava com uma meia-calça no braço, mas era a pele dela. Fiquei com ela pra tentar acalmar", contou a mulher que preferiu não se identificar.
Situação recorrente
Em 2011, após uma série de explosões de bueiros em ruas do Rio, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a empresa de energia elétrica Light assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que obrigada a concessionária a pagar multa de R$ 100 mil por cada explosão de bueiro que cause morte, lesão corporal (leve, grave ou gravíssima), e dano ao patrimônio público ou privado.


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/11/vitima-de-explosao-de-bueiro-no-rio-morre-apos-mais-de-um-mes-internada.html

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