A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene - AMAMS e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Pacuí, Jequitaí e São Francisco estão cobrando do Governo Federal a inserção de recursos no orçamento de 2018 para as obras da Barragem de Jequitaí, no Norte de Minas. O presidente da AMAMS e prefeito de Bonito de Minas, José Reis, alega que até existe apenas R$ 3 milhões no orçamento, em janela aberta pelo Ministério da Integração Nacional, porém, seriam necessários R$ 160 milhões para a realização das obras. Desde o ano de 2015 que as obras estão paralisadas. A AMAMS solicitou uma audiência com a direção da CODEVASF, em Brasília, visando discutir a situação.
Na segunda-feira o secretario executivo da AMAMS, Ronaldo Mota Dias se reuniu com o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica, William César Ireno, quando foi proposto uma parceria para lutar pela retomada das obras. Eles celebraram o acordo e a diretoria do Comitê da Bacia participará da audiência a ser realizada em Brasília. William César Ireno salienta que essa parceria com a AMAMS reforça o comitê, que tem o papel de deliberar sobre os licenciamentos de qualquer obra. Ronaldo Mota Dias mostrou que a Barragem de Jequitaí é a principal alternativa para resolver a crise hídrica em Montes Claros, pois com um ano de obras, a água poderá chegar à cidade, eliminando o rodízio atual para a população.
A CODEVAS informou através do Chefe de Gabinete da Codevasf em Minas Gerais e também coordenador regional do Projeto Jequitaí, Fernando Brito que atualmente o Projeto Hidroagrícola do Jequitaí conta com R$ 21,2 milhões disponíveis e já liberados para execução das ações de estudos socioambientais e regularização fundiária. Para este ano serão necessários recursos da ordem de R$ 108 milhões destinados à execução da obra da barragem I e conclusão da aquisição de áreas para reassentamento da população atingida.
A disponibilização dos recursos necessários para este ano está sendo objeto de negociação entre Codevasf, através de sua direção central e da Superintendência desta Companhia em Minas Gerais, com o Ministério da Integração Nacional. "Pelo trabalho de mobilização que já está sendo executado, visando a continuidade desse Projeto, acreditamos que a implementação do mesmo não terá interrupção no ano em curso", afirma Fernando Britto.
Ascom | AMAMS
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