Foto: Ilustração
No imaginário do povo baiano há 50 anos e idealizado pelo governo estadual a partir 2010, a ponte Salvador-Itaparica ainda parece longe de ganhar contornos de realidade. Os trâmites burocráticos caminham lentamente. O último passo efetivo aconteceu com a conclusão do chamamento público em maio desde ano após ter sido aberto em 2017. Se antes somente grupos chineses efetivamente demonstraram interesse na construção da estrutura viária, agora há uma empreiteira brasileira na briga pelo contrato de construção: a OAS. A construtora integra o grupo formado por mais duas construtoras, essas sim de origem chinesa, a CR20 e CREC4, que participaram do chamamento público. Mas até o início da licitação da obra, uma Parceria Público Privada (PPP) que será em concessão de 35 anos, ainda há muito chão a ser percorrido. Com o chamamento, projeto básico da ponte foi parcialmente refeito, o que deve reduzir, teoricamente, o orçamento da obra. Procurada pelo BNews, a Secretaria de Planejamento da Bahia (Seplan) explicou que foram estabelecidos novos parâmetros para a ligação Salvador-Ilha de Itaparica: redução da altura no vão central de 125m para 85m; redução do comprimento do vão central de 550m para 450m; redução, por conseguinte, dos vãos laterais e da altura dos mastros do trecho estaiado; redução do comprimento dos vãos de aproximação, e diminuição da largura do tabuleiro, que passou de oito faixas para seis. O governo espera, com essas mudanças e mais algumas alterações nos trechos rodoviário, reduzir o custo do projeto em pelo menos R$ 1,6 bilhão. O projeto de PPP estava orçado inicialmente em R$ 8,3 bilhões em valores atualizados. Com o ajuste, deverá ser licitado por R$ 6,7 bilhões, segundo a Seplan. O órgão explica ainda que os próximos passos são a transferência, já iniciada, da coordenação do projeto para a Secretaria de Infraestrutura, que será responsável pelo processo licitatório e lançamento da consulta pública, marco inicial do processo licitatório. Atualmente, o trajeto entre Salvador e a ilha de Itaparica pode ser feito de três formas: por lanchas rápidas, pelo sistema ferryboat ou por rodovia, em um percurso de cerca de 250 quilômetros e que pode levar até quatro horas. De acordo com Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), somente pela via marítima são transportadas 17 mil pessoas e 1.700 veículos diariamente. (BNews)
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