Foto: Alberto Maraux/SSP BA/Divulgação
Autor confesso do assassinato do enteado Walter de Jesus Santos, 7 anos, o caseiro e padrasto da criança, Celso Pereira Bispo, 42, nega ter estuprado o menino. "Eu não abusei", afirmou ele, durante coletiva à imprensa, na manhã desta terça-feira (29), no prédio-sede da Polícia Civil, no bairro da Piedade. O garoto desapareceu na última quarta-feira (23) e teve o corpo encontrado um dia depois, no distrito de Encarnação de Salinas, no município de Salinas da Margarida, no Recôncavo baiano. Embora o padrasto negue a violência sexual, há indicativos de que o garoto foi estuprado. "A criança estava defecada. Pode ser um sinal de abuso. Outros indícios são os comentários de moradores que chegaram a ouvir a voz de uma criança gritando: 'chega, chega, não aguento mais'. Mas é preciso aguardar um laudo pericial", explicou o delegado titular da Delegacia de Salinas, Artur Guimarães. À polícia, Celso disse ainda que matou Walter porque estava com raiva da mãe do menino.
"Estava com raiva dela, mas estou arrependido do que fiz. Não tinha nada contra o menino, apenas raiva da mãe", admitiu. Segundo o delegado, o criminoso acreditava que a esposa pediria a separação, já que mantinha contato regularmente com o ex-marido, com quem divide a guarda de outros filhos. Esse não é o primeiro assassinato pelo qual Celso responde. Além de matar o enteado, ele também é acusado de matar sua ex-mulher, em agosto de 2012. O crime aconteceu em Muritiba, também no Recôncavo baiano. "Ele a matou porque ela queria tomar a empresa dele", afirmou o delegado. Apesar da afirmativa, Celso nega ser o autor desta morte. "Não matei a minha esposa. A criança sim, matei. Mas ela, não", declarou ele, que aguardava o julgamento em liberdade.
'Mãe é vítima'
Após a Justiça expedir o mandado de prisão temporária, na sexta-feira (25), Celso foi preso. Ele foi abordado pela polícia assim que desembarcou do Terminal São de Joaquim. "Ele estava com a mãe da criança quando foi dada a voz de prisão. Ele, que nos interrogatórios iniciais negava qualquer envolvimento, quando o policial deu a voz de prisão, mudou o semblante e baixou a cabeça", relata o delegado. "A mãe ficou arrasada. Ela foi tão vitima quanto o filho. Ela não desconfiava dele", acrescentou Guimarães.
Quando ainda estavam em busca pelo garoto, policiais civis encontraram uma casa usada pelo padrasto como local de trabalho. Após solicitação do delegado Artur Guimarães, peritos criminais encontraram manchas de sangue no local, além da faca usada no crime.
Após a Justiça expedir o mandado de prisão temporária, na sexta-feira (25), Celso foi preso. Ele foi abordado pela polícia assim que desembarcou do Terminal São de Joaquim. "Ele estava com a mãe da criança quando foi dada a voz de prisão. Ele, que nos interrogatórios iniciais negava qualquer envolvimento, quando o policial deu a voz de prisão, mudou o semblante e baixou a cabeça", relata o delegado. "A mãe ficou arrasada. Ela foi tão vitima quanto o filho. Ela não desconfiava dele", acrescentou Guimarães.
Quando ainda estavam em busca pelo garoto, policiais civis encontraram uma casa usada pelo padrasto como local de trabalho. Após solicitação do delegado Artur Guimarães, peritos criminais encontraram manchas de sangue no local, além da faca usada no crime.
"No interrogatório, ele disse que a criança foi em sua casa e pediu um pouco de água. Ele mandou a criança entrar e a levou para o quintal. Jogou ele no chão e usou uma faca para cometer o crime. Depois, enterrou o corpo", detalhou o responsável pela investigação. De acordo com a polícia, Celso chegou a ir à delegacia na companhia da mãe da criança, para denunciar o sumiço, e ainda ajudou nas buscas. "Ele ajudou nas buscas, chorou quando o corpo foi encontrado e ainda se comprometeu a ajudar nas investigações, forneceu material genético para análise pericial", contou o delegado. Apesar de fingir inocência, Celso tinha a desconfiança da polícia, já que o menino foi visto brincando próximo à casa dele antes de desaparecer. (Correio24horas)
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