SONHO DE PEDRA
foges inquieta às festas coloridas
caminhas ao encontro
de outros lábios
chegas borrada de maquiagem vencida
vestido amarrotado
e vais dormir feliz
guardarei teu sono
como guardei tua noite
tuas festas
teus amores
que me rasgam o ventre
limpei a taça do teu vinho
e me embriaguei de sonhos
sonhando sem boca
que pudesse partilhar contigo
e morro, e morro..
então limpo teu sapato vermelho
sonho com teus pés delicados
que jamais jamais tocarão
os meus de pedras
sonho com teu gingado leve
teus voleios encantados
noites inebriantes e permaneço:
deliro que acordarei sem pedras...
sonho valsar contigo, eu, livre,
sem os animais estranhos que me afogam,
tapam meu nariz, fecham meu caminho...
sonho finalmente, que te abraço,
forte, longamente, com ternura,
em meus braços ainda fortes
e desajeitados, mas não há tempo,
aquela foto não é minha!
e como um pivete, choro...
PAULO Cecilio
texto 5 do LIVRO II - "PALAVRAS DE PEDRA"
foges inquieta às festas coloridas
caminhas ao encontro
de outros lábios
chegas borrada de maquiagem vencida
vestido amarrotado
e vais dormir feliz
guardarei teu sono
como guardei tua noite
tuas festas
teus amores
que me rasgam o ventre
limpei a taça do teu vinho
e me embriaguei de sonhos
sonhando sem boca
que pudesse partilhar contigo
e morro, e morro..
então limpo teu sapato vermelho
sonho com teus pés delicados
que jamais jamais tocarão
os meus de pedras
sonho com teu gingado leve
teus voleios encantados
noites inebriantes e permaneço:
deliro que acordarei sem pedras...
sonho valsar contigo, eu, livre,
sem os animais estranhos que me afogam,
tapam meu nariz, fecham meu caminho...
sonho finalmente, que te abraço,
forte, longamente, com ternura,
em meus braços ainda fortes
e desajeitados, mas não há tempo,
aquela foto não é minha!
e como um pivete, choro...
PAULO Cecilio
texto 5 do LIVRO II - "PALAVRAS DE PEDRA"
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