quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Preso em TO, ex-prefeito suspeito de abusar de criança chega a Patrocínio - Ele foi preso na semana passada na divisa entre Tocantins e Pará. Crime foi em 2014; político disse em entrevista que é vítima de armação.

Julio Elias, ex prefeito, Patrocínio  (Foto: Paulo Barbosa/G1)Júlio Elias fala que é inocente e que é vítima de armação (Foto: Paulo Barbosa/G1)
O ex-prefeito mineiro Júlio César Elias Cardoso retornou, nesta quarta-feira (14) à Penitenciária Regional de Patrocínio, no Alto Paranaíba. Ele havia sido preso na semana passada na cidade de Pau D’Arco, na divisa entre Tocantins e Pará, e recambiado pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta segunda (12). O político, que é suspeito de ter abusado de uma criança de sete anos em dezembro de 2014, estava foragido desde o início do ano. Ele nega o crime. 
O ex-prefeito havia sido preso na cidade mineira no fim do ano passado, ficou 17 dias detido, mas foi solto após habeas corpus. O mandato de prisão do político voltou a ficar em aberto após a medida ser cassada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em fevereiro. Desde então, ele não foi mais localizado.
Segundo a delegada Laís Veiga Caetano Pires,  que acompanha o caso, Júlio César foi encontrado sozinho em uma casa simples e quase sem mobília no trevo de entrada de Pau D’arco, que tem aproximadamente 5 mil habitantes. O político foi preso após investigações da Polícia Civil local e levado para Apoema (TO), cidade sede da Comarca. "No momento da prisão ele não ofereceu qualquer tipo de resistência. Ele se identificava como sendo um advogado de nome Paulo Carvalho", acrescentou.
A delegada acrescentou que ele não foi preso em flagrante e sim em decorrência de um mandado de prisão que estava aberto. O inquérito, segundo ela, já foi concluído e o político indiciado por estupro de vulnerável. Se condenado, a pena é de oito a 15 anos. 
Para a imprensa, Júlio Elias negou que estava foragido e disse que estava usando o "direito constitucional de aguardar em liberdade". Ele afirmou que tem um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF)  que aguarda julgamento.
Sobre a questão de se identificar com outro nome, Júlio Elias afirmou que não estava usando nome falso e sim um codinome. Ele continua a negar o crime e disse que irá provar inocência. “Estão armando contra mim”, concluiu.
Crime
O ex-prefeito foi preso no dia 13 de dezembro após ser denunciado pelos pais da criança, amiga da filha do político. Segundo o relatado à Polícia Militar, Júlio Elias aproveitou um momento a sós com a menina para força-la a praticar sexo oral. A criança chegou em casa chorando e denunciou o ato aos pais. Ainda na época, Júlio Elias negou o crime e disse ser vítima de perseguição política.


Nenhum comentário:

Postar um comentário