Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA
A ansiedade nos níveis normais é considerada uma reação comum do ser humano em determinadas situações que provocam medo, dúvida e expectativa, como uma cirurgia delicada, uma entrevista de emprego ou o nascimento de um filho. É um sinal de alerta, que faz com que a pessoa possa se proteger de ameaças, sendo uma reação natural e necessária para a auto-preservação. Esse sentimento é desagradável e pode vir acompanhado de sensações como frio no estômago, aperto no peito, coração acelerado, tremores e podendo haver também sensação de falta de ar.
A ansiedade patológica, por sua vez, tem uma duração e intensidade maior que o esperado pra a situação, e além de não ajudar a enfrentar um fator estressor, ela dificulta e atrapalha a reação. O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) costuma ser uma doença crônica, com curtos períodos de remissão e importante causa de sofrimento durante vários anos, atrapalhando a vida social e ocupacional da pessoa.
A ansiedade exagerada pode vir acompanhada de sintomas como irritabilidade, tensões musculares, perturbações no sono, tremores, inquietação, dor de cabeça, falta de ar, suor em excesso, palpitações, problemas gastrointestinais e facilidade em alterar-se. Esses sintomas geralmente ocorrem diariamente por pelo menos seis meses. A dificuldade em controlar a ansiedade pode gerar um esgotamento na saúde física e mental do indivíduo.
O diagnóstico se dá por meio de uma avaliação criteriosa, através de alguns exames clínicos, bem como um relato detalhado de informações do paciente. Assim, o médico pode excluir outras doenças que têm sintomas semelhantes aos sintomas do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).
A estudante de Direito que não quis se identificar, aqui chamada de Juliana, conta que num certo período da sua vida se deparou com pensamentos e sentimentos negativos. Durante um ano e meio ela sofreu sem saber realmente o que estava acontecendo com ela. Sentia medo da morte, medo de perder seus familiares e consequentemente, a angústia e a inquietação a dominavam. Pensamentos como “estou com uma doença terminal” e “eu posso morrer daqui um minuto”, eram constantes na vida da estudante e a faziam agir como se a vida não tivesse sentido algum. Por isso resolveu procurar ajuda profissional de um psicólogo.
“Minha primeira sessão com a psicóloga foi fantástica. Uma tarde de descobertas. A partir da terceira sessão, percebi mudanças e logo eu estava me sentindo descansada, com a cabeça e o coração libertos. Eu escolhi não fazer uso de medicamentos, pois eu buscava entender e trabalhar os conflitos que estavam contribuindo para a minha ansiedade e corrompendo minha juventude. E acho que consegui. Hoje estou me sentindo muito melhor. Quando vêm pensamentos negativos, eu passo por cima e lembro que tem um futuro brilhante me esperando”, afirma.
As técnicas psicoterápicas de apoio utilizadas para o tratamento da ansiedade são fundamentais. Quando o paciente tem a oportunidade de falar sobre suas dificuldades com um profissional, muitos experimentam uma redução significativa da ansiedade. Em muitos casos é necessária a utilização de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos por um determinado período. O medicamento deve ser mantido algum tempo após o desaparecimento dos sintomas e descontinuado em doses decrescentes.
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