O clima anda tenso na maioria das prefeituras do norte de Minas, principalmente de ex-prefeitos, depois das especulações dando conta que a Polícia Federal estaria concluindo as investigações de uma nova leva de inquéritos da Operação Máscara da Sanidade, envolvendo fraudes e desvios de verbas públicas nos Municípios de Buritizeiro, Olhos D'Água, Coração de Jesus, Guaraciama, São João da Ponte, Varzelândia, Pirapora, Porteirinha, Montes Claros, Patis, Cônego Marinho, Glaucilândia e Engenheiro Navarro.
Fontes do Ministério Público apontam que, assim que os inquéritos forem recebidos, serão oferecidas novas denúncias e, em cada uma das comarcas envolvidas (Montes Claros, Coração de Jesus, Bocaiúva, São João da Ponte, Porteirinha, Pirapora e Januária), serão requeridas novas prisões preventivas dos integrantes do núcleo empresarial da organização criminosa (Evandro Leite Garcia, Maria das Graças Gonçalves Garcia e Elisângela Fonseca), e, porventura, se evidenciada a reiteração delitiva, também de agentes públicos municipais.
Ressarcimento
Um fato inédito na história de Minas Gerais: aproximadamente R$ 10 milhões que foram obtidos através de corrupção serão devolvidos aos municípios de Cônego Marinho, Itacarambi, Patis, São João da Ponte e São Romão, no Norte de Minas, conforme acordo celebrado pelo empresário Marcos Vinicius Crispim, o “Corby” e o Ministério Público. Entre os bens entregues, está o estádio Monte Castelo, o Castelão, de Januária, várias casas e apartamentos e ainda 18 veículos. Todos eles serão levados a leilão ainda este ano e o montante dividido entre os cinco municípios. Recentemente, o Ministério Público, através do promotor Paulo Márcio Dias, da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público realizou reunião com os agentes políticos dos cinco municípios, para comunicar o rateio dos recursos arrecadados.
No caso de Corby, o promotor lembrou que o acusado ficou preso vários anos e aceitou fazer a delação premiada, relatando os casos de corrupção, além de compensar pelos danos causados, sendo colocado em liberdade e se beneficiando com a redução da pena. Neste sentido, ele foi orientado a criar a Fundação de Recuperação de Ativos, cujo gestor é nomeado pelo Ministério Público. Este gestor está providenciando o leilão dos bens devolvidos. O ressarcimento a cada município será proporcional ao rombo com o desvio em corrupção. Patis receberá a menor parcela, que é de R$ 1,2 milhão e São João da Ponte e Itacarambi, com a maior parcela, de R$ 2,5 milhões cada.
Corby foi preso em maio de 2013 na Operação Veredas 1, deflagrada pela Polícia Federal e que desmontou um esquema de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações em diversas pequenas prefeituras do Norte de Minas. Eram feitas licitações dirigidas para o aluguel de máquinas e contratação de serviços de limpeza pública, pavimentação de ruas e outras obras de construção. “Um mecanismo usado para o desvio de dinheiro público era a simulação do aluguel de patrol, trator e outras máquinas, com a emissão da nota fiscal fria, sem a prestação do serviço”, explicou na época, o delegado Marcelo Freitas, chefe da Polícia Federal em Montes Claros.
Fontes do Ministério Público apontam que, assim que os inquéritos forem recebidos, serão oferecidas novas denúncias e, em cada uma das comarcas envolvidas (Montes Claros, Coração de Jesus, Bocaiúva, São João da Ponte, Porteirinha, Pirapora e Januária), serão requeridas novas prisões preventivas dos integrantes do núcleo empresarial da organização criminosa (Evandro Leite Garcia, Maria das Graças Gonçalves Garcia e Elisângela Fonseca), e, porventura, se evidenciada a reiteração delitiva, também de agentes públicos municipais.
Ressarcimento
Um fato inédito na história de Minas Gerais: aproximadamente R$ 10 milhões que foram obtidos através de corrupção serão devolvidos aos municípios de Cônego Marinho, Itacarambi, Patis, São João da Ponte e São Romão, no Norte de Minas, conforme acordo celebrado pelo empresário Marcos Vinicius Crispim, o “Corby” e o Ministério Público. Entre os bens entregues, está o estádio Monte Castelo, o Castelão, de Januária, várias casas e apartamentos e ainda 18 veículos. Todos eles serão levados a leilão ainda este ano e o montante dividido entre os cinco municípios. Recentemente, o Ministério Público, através do promotor Paulo Márcio Dias, da Coordenadoria Regional de Defesa do Patrimônio Público realizou reunião com os agentes políticos dos cinco municípios, para comunicar o rateio dos recursos arrecadados.
No caso de Corby, o promotor lembrou que o acusado ficou preso vários anos e aceitou fazer a delação premiada, relatando os casos de corrupção, além de compensar pelos danos causados, sendo colocado em liberdade e se beneficiando com a redução da pena. Neste sentido, ele foi orientado a criar a Fundação de Recuperação de Ativos, cujo gestor é nomeado pelo Ministério Público. Este gestor está providenciando o leilão dos bens devolvidos. O ressarcimento a cada município será proporcional ao rombo com o desvio em corrupção. Patis receberá a menor parcela, que é de R$ 1,2 milhão e São João da Ponte e Itacarambi, com a maior parcela, de R$ 2,5 milhões cada.
Corby foi preso em maio de 2013 na Operação Veredas 1, deflagrada pela Polícia Federal e que desmontou um esquema de desvio de recursos públicos por meio de fraudes em licitações em diversas pequenas prefeituras do Norte de Minas. Eram feitas licitações dirigidas para o aluguel de máquinas e contratação de serviços de limpeza pública, pavimentação de ruas e outras obras de construção. “Um mecanismo usado para o desvio de dinheiro público era a simulação do aluguel de patrol, trator e outras máquinas, com a emissão da nota fiscal fria, sem a prestação do serviço”, explicou na época, o delegado Marcelo Freitas, chefe da Polícia Federal em Montes Claros.
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