Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA
O dia a dia tem é cada vez mais corrido, o tempo parece diminuir e os afazeres só aumentam. Trabalho, filhos, casa, cônjuge, igreja, tudo isso é somado ao nosso dia e muitas vezes, por sobrecarga de algumas áreas ou por não conseguir fazer as outras nos culpamos e ficamos estressados. O estresse para muitos é um dos “males do século” e pode levar à pressão alta, obesidade, doenças cardíacas, ansiedade e depressão.
Atualmente, vivendo em cidades e enfrentando problemas bem diversos dos da selva, como pressões para atingir metas, o corpo continua preparando-nos para lutar ou fugir quando nos sentimos ameaçados. Segundo Salete Maria, 56 anos, empresária no ramo alimentício, o estresse em sua vida chegou ao limite quando começou a ter crises de pressão arterial e não encontravam motivos. " A sensação que eu tinha é que iria morrer, a pressão subia, nervos à flor da pele, cabeça doendo, eu não parava, era marido, casa, filhos, trabalho, fazia tudo praticamente só. Meus filhos e marido recebiam tudo pronto, comida, roupa passada e lavada, não tinha mais fins de semana, mas chegou um momento que ou eu mudava meu estilo de vida ou morreria, porque o estresse mata", ela conta.
A rotina era muito cansativa: "Eu acordava às seis horas da manhã, fazia todas as compras para o meu restaurante, pois tinham coisas que teriam que ser compradas no dia, como as verduras e a carne. Eu sempre comprava tudo fresco, e tinha que ir cedo, caso contrário não encontrava mais nada como queria. Depois seguia para fazer o almoço, arrumar casa e cuidar dos filhos. Eu e meu esposo descobrimos que a única forma de descansarmos era vender o nosso restaurante e fazer algumas coisas em casa", relembra. Até que decidiu mudar.
Hoje, dona Salete faz bolos, salgados e pães em casa, pois assim diminuiu o tempo para ir em busca dos ingredientes e tem mais tempo para a casa e filhos, além de cuidar da alimentação mais balanceada e fazer atividade física. "Minha vida mudou totalmente, nem se compara, hoje tenho qualidade de vida e posso cuidar mais das minhas coisas sem deixar de fazer o que eu gosto, que é cozinhar", fala contente.
"É bom lembrar que estresse todo mundo tem, mas até certo ponto" afirma a psicóloga Camila Siqueira. No dia-a-dia, situações diversas apresentam-se para as pessoas, que se adaptam a elas. É preciso ter estresse para poder viver. O problema é quando este se torna excessivo, quando supera a capacidade de adaptação da pessoa ou quando persiste por muito tempo,
Ninguém adoece, devido ao estresse, de um dia para o outro. E o próprio corpo avisa que as coisas não vão bem, basta prestar atenção. Alguns sintomas podem nos deixar em alerta, como a sensação de desgaste constante, alteração de sono, tensão muscular, formigamento, problemas de pele, hipertensão, mudança de apetite, alterações de humor, perda de interesse pelas coisas, problemas de atenção, concentração e memória, ansiedade e depressão. "Mas esses sintomas podem ser evitados se aliviadas as sobrecargas, como organizar bem a sua vida, comer de maneira saudável, investir em alimentos ricos em vitaminas B, como grãos de cereais, feijão, ervilha, nozes, fígado, ovos e produtos lácteos,dormir bem, pois o sono é o redutor de estresse natural mais importante" orienta a psicóloga.
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