Acadêmica de Jornalismo do CEULP/ULBRA
“Interagindo com o meio ambiente, a criança aumenta sua capacidade cognitiva”
Fernanda Paula Ribeiro dos Santos, fonoaudióloga
Fernanda Paula Ribeiro dos Santos, fonoaudióloga
(Foto: Internet)
A Equoterapia é um tratamento terapêutico ainda pouco conhecido no Brasil. Apesar de ser, no país, inicialmente praticada na década de 70, somente em 1997 foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como uma prática terapêutica que deve ser realizada por profissionais legalmente habilitados. Como abordagem, a equoterapia utiliza o cavalo e a desenvoltura do animal para a prática de atividades multidisciplinares relacionadas à saúde e educação. Os praticantes são pessoas que apresentam disfunções ou lesões físicas e mentais.
A fonoaudióloga Fernanda dos Santos explica que esse tratamento complementa o trabalho de reabilitação tradicional e “permite um desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais”.
Fernanda também comenta sobre o diferencial dessa prática terapêutica com cavalos, justamente por ser em ambiente aberto e leve, onde os praticantes se sentem mais a vontade. “Indivíduos portadores de deficiência física e/ou mental, geralmente apresentam problemas de insegurança ao realizarem qualquer tipo de trabalho que seja executado com eles. São pessoas que apresentam medos e complexos difíceis de serem superados, fazendo com que se torne difícil a obtenção de resultados satisfatórios no quadro clínico, pois nem sempre colaboram com a terapia. Entretanto, esta não colaboração provém da falta de incentivo, monotonia, falta de auto confiança, medo, fuga, irritação, ou seja, acontecimentos que são possíveis de ocorrer em uma sala ou clínica terapêutica”, avalia a especialista. Na equoterapia, o praticante se torna mais aberto a diferentes formas de lidar com sua dificuldade.
(Foto: Internet)
Seleção de cavalos
Para poder atuar no tratamento das pessoas com deficiência, os cavalos são selecionados e separados segundo uma série de características físicas e psicológicas e necessitam ser constantemente trabalhados e adaptados para a equoterapia.
Duração
Normalmente, as sessões são individuais e têm a duração média de 30 minutos cada. O tratamento em equoterapia dura em média dois anos, podendo ser reduzido ou dilatado em função do diagnóstico, da característica de cada praticante, do desenvolvimento do trabalho terapêutico e outros fatores intervenientes.
(Foto: Internet)
Benefícios
Em uma sessão de Equoterapia após trinta minutos de exercício, o paciente terá executado de 1,8 mil a 2,2 mil deslocamentos que atuam diretamente sobre o seu sistema nervoso profundo, aquele responsável pelas noções de equilíbrio, distância e lateralidade. Ou seja, o simples andar do animal faz dele uma máquina terapêutica capaz de garantir ao deficiente uma capacidade motora que ele não possuía e, assim, restituir-lhe, pelo menos em parte, as funções atrofiadas pelo comprometimento físico. (Revista ISTO É, 16/10/96)
Nas sessões, pais e terapeutas acompanham o processo do tratamento e estimulam percepções como “fala, a linguagem, o tato, a lateralidade, cor, organização e orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditiva, direção, análise e síntese, raciocínio, e vários outros aspectos”, explica Jorge Matsuda, especialista em educação e vice-diretor do Centro Básico de Equoterapia General Carracho (CBEGC-DF). Socialmente, a terapia auxilia em padrões de comportamento e aceitação de limites e regras, além do contato com o animal que exercita a sensibilidade e paciência do praticante.
Com informações de http://vidamaislivre.com.br e http://www.equoterapia.com.br/
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