terça-feira, 10 de outubro de 2017

Prefeito de Janaúba fala da reconstrução da creche e diz que vigia não procurou serviços de assistência a saúde Em entrevista ao G1, Carlos Isaildon Mendes (PSDB), falou também da continuidades das ações após o incêndio criminoso em uma creche de Janaúba.

Prefeito de Janaúba fala sobre a açao do vigia e sobre a recosntrução da creche (Foto: Reprodução/Inter TV dos Vales)
Prefeito de Janaúba fala sobre a açao do vigia e sobre a recosntrução da creche (Foto: Reprodução/Inter TV dos Vales)

Por Juliana Peixoto, G1 Grande Minas
 
a ficha funcional do funcionário Damião Soares dos Santos, de 50 anos, não consta que ele estava em atendimento médico, de acordo com o prefeito de Janaúba, Carlos Isaildon Mendes (PSDB). A informação foi confirmada ao G1 na manhã desta segunda-feira (9), no saguão do aeroporto de Montes Claros, onde o prefeito aguardava um voo. O prefeito explicou que o vigia era concursado desde 2008 e que chegou a procurar o Ministério Público relatando que estava sendo perseguido pela mãe, mas que ele não procurou os serviços de assistência a saúde conforme recomendação do MP.
O vigia do Centro Municipal de Educação Infantil Gente Inocente, no Bairro Rio Novo, jogou álcool em crianças e nele mesmo e, em seguida, ateou fogo. No horário havia 75 crianças e 17 funcionários na escola.
“No trato com as pessoas, inclusive, ele morava no mesmo bairro que moro, ele demonstrava ter o temperamento normal. Na ficha dele não há nada que diz que ele passava por atendimento no Caps; a pessoa tem de querer ser tratada. Outra coisa, comenta-se que ele teria sido demitido; isso não é verdade. Foi uma política da prefeitura de que todos os funcionários, com férias acumuladas, gozassem do benefício. Então, ele estava de férias há três meses e, como não retornou na data prevista e disse que estava com problemas de saúde, a diretora fez contato para ele apresentar o atestado médico”, disse.
Damião não tinha contato com as crianças. O vigia trabalhava das 18h às 6h e as crianças entravam às 7h saiam às 17 horas. No dia da tragédia, de acordo com o prefeito, as professoras não tinham motivo para barrá-lo.
“Estavam à espera dele com o atestado. Então, não tinham motivos para impedirem a entrada dele. Outra coisa, elas ainda entenderam que ele estava com uma vasilha de sorvete. Na verdade, era a vasilha com combustível que deu causa ao fogo”, lamentou o prefeito.

Reforma e Vistoria
A creche foi construída pelo município há 17 anos, de acordo com o prefeito. Na manhã desta segunda-feira (9), o Corpo de Bombeiros faz vistoria nas 23 unidades municipais. Sobre o forro de PVC, falta de extintores e outros itens de segurança, o prefeito reconheceu que na creche Gente Inocente não tinha todos os aparatos necessários, mas fez uma análise da tragédia.
“Tenho tratado desta tragédia como um atentado, e atentado a gente não prevê. As Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, tinha todo o aparato de segurança e se viu frágil diante do atendado. Tudo te de ser analisado com serenidade”, reforçou.
Na sexta-feira (13), há previsão de que o projeto da nova creche será entregue por um grupo de empresários do Norte de Minas.
“A reforma não trará nenhum ônus para a prefeitura e vai alterar o layout da creche. A construção e a mobília serão doados por esses empresários de Montes Claros e Janaúba. Os empresários pediram anonimato e a primeira reunião para a obra foi coordenada pelo MP. Na ata, já se pensa na possibilidade do nome da escola ser da professora Helley, mas vamos decidir com serenidade”, explicou o prefeito.
Recomeço
Na manhã desta segunda, o prefeito se reuniu com o advogado Gabriel Santos Cordeiro de Andrade, presidente da Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense (ABRAVIC). De acordo com o presidente, natural de Montes Claros, a experiência da tragédia ocorrida em novembro de 2016 com a delegação do time, poderá servir de ajuda para minimizar as consequências da tragédia a familiares e vítimas.
“Eu senti na pele o que as vítimas e familiares passam depois de uma tragédia, seja ela qual for. Em vários momentos dos relatos, consegui visualizar que a cidade passa o mesmo desespero que passamos, desde ceder as primeiras informações aos familiares até o amparo contínuo as famílias. Trouxe uma lista de providências imediatas que tomamos, como tratar do trauma e do sofrimento, desde o início, para que novas tragédias não acontecem. A curta prazo, muitos ajudam. Mas a médio e longo, os auxílios diminuem. Criar uma associação dos familiares e manter um comitê de crise ajuda a mitigar a dor que todos sentem”, reforçou.

Reforma e Vistoria
A creche foi construída pelo município há 17 anos, de acordo com o prefeito. Na manhã desta segunda-feira (9), o Corpo de Bombeiros faz vistoria nas 23 unidades municipais. Sobre o forro de PVC, falta de extintores e outros itens de segurança, o prefeito reconheceu que na creche Gente Inocente não tinha todos os aparatos necessários, mas fez uma análise da tragédia.
“Tenho tratado desta tragédia como um atentado, e atentado a gente não prevê. As Torres Gêmeas, nos Estados Unidos, tinha todo o aparato de segurança e se viu frágil diante do atendado. Tudo te de ser analisado com serenidade”, reforçou.
Na sexta-feira (13), há previsão de que o projeto da nova creche será entregue por um grupo de empresários do Norte de Minas.
“A reforma não trará nenhum ônus para a prefeitura e vai alterar o layout da creche. A construção e a mobília serão doados por esses empresários de Montes Claros e Janaúba. Os empresários pediram anonimato e a primeira reunião para a obra foi coordenada pelo MP. Na ata, já se pensa na possibilidade do nome da escola ser da professora Helley, mas vamos decidir com serenidade”, explicou o prefeito.
Recomeço
Na manhã desta segunda, o prefeito se reuniu com o advogado Gabriel Santos Cordeiro de Andrade, presidente da Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense (ABRAVIC). De acordo com o presidente, natural de Montes Claros, a experiência da tragédia ocorrida em novembro de 2016 com a delegação do time, poderá servir de ajuda para minimizar as consequências da tragédia a familiares e vítimas.
“Eu senti na pele o que as vítimas e familiares passam depois de uma tragédia, seja ela qual for. Em vários momentos dos relatos, consegui visualizar que a cidade passa o mesmo desespero que passamos, desde ceder as primeiras informações aos familiares até o amparo contínuo as famílias. Trouxe uma lista de providências imediatas que tomamos, como tratar do trauma e do sofrimento, desde o início, para que novas tragédias não acontecem. A curta prazo, muitos ajudam. Mas a médio e longo, os auxílios diminuem. Criar uma associação dos familiares e manter um comitê de crise ajuda a mitigar a dor que todos sentem”, reforçou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário