segunda-feira, 27 de maio de 2013

EMPRESÁRIOS, SERVIDORES PÚBLICOS E POLÍTICOS SÃO ALVO DE OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL EM JANAÚBA E EM OUTRAS CIDADES NO NORTE DE MINAS

operação da Polícia Federal (PF) que acontece nesta segunda-feira (27).

A quadrilha, formada por empresários, servidores públicos e agentes políticos, atuantes, principalmente, nos municípios de Januária e Itacarambi, fraudava processos licitatórios, direcionando as contratações para as empresas integrantes da organização criminosa.

As investigações apontaram que obras públicas, em áreas diversas da construção civil, pavimentação de vias públicas, manutenção de estradas e de locação de máquinas para a limpeza urbana não eram sequer fiscalizadas e os servidores públicos envolvidos no esquema atestavam a sua conclusão mesmo quando incompletas ou inexistentes. Por outro lado, as empresas investigadas emitiam notas fiscais frias sobre trabalhos, que, sequer, teriam sido executados, ou executados em desacordo com as especificações do projeto.

Ainda segundo a PF, as verbas desviadas eram, imediatamente, aplicadas em bens, móveis e imóveis, localizados em outros estados brasileiros, que eram colocados em nome de outros empresários e de “laranjas”, ligados aos principais membros da organização criminosa. As apurações apontam um desvio que pode superar a quantia de R$ 5 milhões.

Para reunir provas, a Polícia Federal pediu o afastamento do sigilo bancário e fiscal dos investigados, bem como a indisponibilidade dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas. A expectativa é que nesta segunda-feira sejam cumprimdos simultâneamente a 45 mandados judiciais, sendo dez mandados de busca e apreensão, 21 Mandados de sequestro de valores, bens móveis e imóveis e 14 mandados de prisão. A operação ocorre nos municípios mineiros de Montes Claros, São Francisco, Itaracambi, Januária, Manga e Janaúba, além de Vitória da Conquista e Prado, na Bahia e Guarapari, no Espírito Santo.

Os presos responderão por crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, dentre outros. Uma vez condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes podem ultrapassar 30 anos. Nos últimos dois anos, mais de 10 operações de combate ao desvio de recursos públicos foram deflagradas pela Polícia Federal na região.

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