O menino de 11 anos morto durante uma perseguição policial na Zona Leste de São Paulo era baiano. De acordo com a mãe da vítima, ele nasceu na Bahia, era usuário de drogas e envolvido com más companhias. O caso ainda é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a Polícia Civil, o menino e mais dois assaltantes estavam roubando moradores do bairro. Uma viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM) composta por três guardas foi avisada por um homem que havia acabado de ser roubado pelo grupo. Eles estavam em um Chevette e foram localizados pelos agentes da GCM. O carro não teria obedecido ao pedido de parada e começou uma perseguição. Um dos guardas atirou quatro vezes contra o carro. Os tiros acertaram o vidro traseiro e um dos pneus. O carro dos ladrões parou em uma rua próxima a uma quermesse e dois bandidos fugiram a pé. Os frequentadores da festa notaram que uma criança estava baleada agonizando dentro do carro. O menino foi levado para um hospital da região, mas não resistiu. O guarda responsável pelos disparos foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e vai responder as acusações em liberdade. O delegado responsável pelas investigações apreendeu o carro dos ladrões e o encaminhou para perícia. Inicialmente, não há indícios de que os ocupantes do veículo atiraram contra os guardas. Nenhuma arma foi localizada. O Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe) informou que um advogado vai acompanhar a apuração do caso. A Prefeitura Municipal de São Paulo afirmou que os agentes da Guarda Civil envolvidos no caso foram afastados até que o caso seja esclarecido. O corpo da vítima está previsto para às 16h desta segunda-feira (27) no Cemitério da Vila Formosa. O corpo da vítima foi velado durante a manhã de hoje.(Correio*)
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